Recém saído de uma das maiores polêmicas da história recente do Paraná, o deputado federal Fernando Francischini (SDD) já se meteu em outra. E com professores. Ele era o secretário de Segurança Pública, em 29n de abril, quando aconteceu o confronto no Centro Cívico em Curitiba, entre a Polícia Militar e professores em greve. Desgastado, deixou o cargo e voltou para Brasília.
Ontem, na Câmara, Francischini afirmou que o PT estava fazendo uma “malvadeza” ao rejeitar emenda que permitia desconto de compra de livros no Imposto de Renda para professores. O deputado Paulo Pimenta, do PT, e presidente da Comissão de Direitos Humanos, partiu pra cima dele: “Eu não posso ficar calado ouvindo o deputado Francischini falar que isso é ‘malvadeza contra professores’. Até hoje o Centro de Curitiba está manchado com o sangue de centenas de professores, que foram espancados barbaramente, numa ação violenta jamais vista nesse país, no momento em que ele era secretário de Segurança, e por conta desse episódio foi corrido do governo do estado e mandado de volta para Brasília”.
Depois de levar a bolada, Francischini tentou contrapor, mas falou da ligação do PT com o Governo da Venezuela: “Ele está com amnésia. Está esquecendo que é do PT, o partido da presidente Dilma, que tem as mãos sujas de sangue da Venezuela. (…) É fácil falar de massacre onde não morreu ninguém e não tem ninguém ferido gravemente. Mas queria deixar meu voto de repúdio ao deputado Paulo Pimenta, que como presidente da Comissão de Direitos Humanos foi parcial, desrespeitoso, foi ao Paraná, marcou com o governador, fingiu que ia para fazer figuração na imprensa”.