Depois das denúncias na Secretaria de Administração, que teria fraudado licitação de R$ 1,5 milhão para beneficiar uma oficina de Luiz Abi Antoun, e na Receita Estadual, de onde teriam saído recursos ilegais até para a campanha de reeleição do governador Beto Richa (PSDB), agora é o IAP (Instituto Ambiental do Paraná) que está no foco. Agentes do Gaeco estiveram hoje na casa do presidente Luiz Tarcísio Mossato Pinto e no próprio órgão fazendo a apreenssão de documentos. A casa de quatro funcionários e os escritórios de Paranaguá e Jacarezinho também foi vistoriada. Na casa de um dos investigados foram apreendidos R$ 649 mil (em dinheiro).
A Operação Superagüi foi desencadeada por causa de uma licença ambiental, com suspeita de irregularidades, concedida à empresa Green Logística para um pátio de caminhões, às margens da BR-277, para a derrubada de 12 hectares de vegetação em Paranaguá. A Justiça chegou a determinar, em maio, o afastamento de Tarcísio do cargo, mas ele conseguiu um habeas corpus antes mesmo de a decisão ser cumprida. O Ministério Público está recorrendo da decisão. O presidente do IAP responde a ações de improbidade administrativa e abuso de autoridade, e também a processos penais, por suspeitas de irregularidades em licenças ambientais.