A situação do P.A. de Paranavaí está cada vez mais difícil de entender. Imagine então para solucionar os problemas. Vamos aos fatos: a 14ª Regional de Saúde fez um relatório apontando irregularidades no P.A., que se levado a rigor, teria que fechar aquela unidade. Mas a 14ª RS passou a ser conivente com a situação ao não autuar o P.A., se limitando ao relatório. O Conselho Municipal de Saúde (CMS), que teria solicitado a vistoria apoiou o relatório que pediu, mas não pediu o fechamento do P.A., preferindo exigir a adequação do prédio.
A Secretaria Municipal de Saúde ensaiou o fechamento do P.A., mas não o fez, segundo se apurou, porque não achou uma fórmula para atender os casos de urgência e emergência, já que o Pronto Socorro da Santa Casa, que seria o destino natural das emergências, passa por reforma. Mas já anunciou que não vai mais admitir “internamentos” no P.A., o que era feito, segundo a Secretaria, por questões humanitárias, para atender o paciente enquanto aguardava leito hospitalar, o que seria de responsabilidade do Governo do Estado.
O secretário estadual de Saúde, Michele Caputo, em encontro com prefeitos da Amunpar, assume que os leitos hospitalares são de responsabilidade do Estado e pede ao prefeito Rogério Lorenzetti que mantenha os “internamentos provisórios”, o que, numa análise fria, desautoriza o relatório da 14ª RS, um órgão que está subordinado a ele.
O nada polido secretário da Saúde, Agamenon Arruda, dá entrevista à emissoras de rádio e dispara farpas contra o presidente do CMS, Waldur Trentini. E à televisão informa que uma reforma no P.A. seria desperdiçar recursos, pois as atividades passarão para a UPA, que por sua vez, está paralisada porque a empreiteira abandonou a obra porque está sem recursos financeiros. E que mesmo que tivesse condições de fazer a reforma, como executaria o trabalho com o P.A. funcionando?
Enquanto as autoridades e lideranças da saúde não se entendem o P.A. vai andando aos trancos e barrancos.