Em defesa da liberdade de imprensa e pluralidade de informação

Publicado em 06 de maio de 2015

Neste maio é comemorado o dia mundial da liberdade de imprensa. Ela, que é tão importante, classificada como quarto poder, o cão de guarda da sociedade. Mas nem sempre os jornalistas têm, de fato, liberdade de imprensa. Inúmeras vezes esse profissionais são coagidos a mudar os rumos de suas reportagens por conta de interesses privados das empresas nas quais trabalham.
É por isso que precisamos democratizar e regulamentar a mídia. Mais liberdade para os jornalistas significa mais e melhor informação para nós. A mídia precisa ser mais democrática para garantir a liberdade de imprensa dos profissionais e para que nós, leitores, ouvintes, expectadores, internautas tenhamos direitos à pluralidade de informações.
O primeiro passo é necessário desburocratizar os trâmites do Ministério das Comunicações. Defendo uma partilha de verbas publicitária mais justa e essa medida deve ser adotada o quanto antes. Assim, as mídias menores terão fôlego e garantirão coberturas de assuntos regionais ou locais, em detrimento de uma produção concentrada no eixo Rio-São Paulo, como ocorre atualmente.
Ademais, ressalto que as concessões para rádio e televisão no Brasil são públicas, ou seja, devem atender a demanda da comunidade, assim como ocorre com os serviços de transporte, eletricidade, água etc. As emissoras de TV e estações de rádio precisam veicular informações, difundir a cultura e não apenas visar o lucro. No entanto, a chamada “liberdade de empresa” muitas vezes vem antes da “liberdade de imprensa”.
A constituição brasileira é clara em relação às mídias. Um dos artigos, o 220, diz que não deve haver monopólio ou oligopólio na comunicação social eletrônica. Pois bem, aqui no Brasil temos 70% do mercado de TV aberta controlado por uma única emissora.
A título de comparação gostaria de traçar um paralelo com a regulação da mídia nos Estados Unidos. Lá os donos de jornais e revistas não podem ser donos de rádios e TVs na mesma cidade. Vejam, os EUA, bastião do liberalismo econômico, garante a seus cidadãos a pluralidade de informação. Em contrapartida, aqui, temos 70% do mercado midiático nas mãos de quatro famílias.
Reitero meu compromisso como deputado federal em pautar e defender o debate sobre a democratização da mídia em Brasília. Defendo também a regulação econômica, tão importante para garantir a liberdade de imprensa e a pluralidade de informação aos brasileiros e brasileiras.
por Zeca Direceu

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4 comentários sobre “Em defesa da liberdade de imprensa e pluralidade de informação

  1. Graças a imprensa tivemos a denuncia do mensalão com os mensaleiros na cadeia. A apuração do petrolão deve grande parte a contribuição da imprensa. So resta ao pt a tentativa de regulação da midia para varrer a sujeira pra baixo do tapete.

  2. Estes acontecimentos políticos, econômicos e sociais que afloram país e Paraná afora, incluso as tungadas no erário nacional e estadual, as borrachas (balas e cacêtes e os outros etês, tipo cacêtetes que afloraram lombo a lombo no dia 29/04/2015), em ver que a coisa degringolou para o descalabro, em ver que ontem 05/04/2015 na boca da noite, cobertas de razões e sentimentos, muitas casas ficaram sem refeições, nem todas por falta de alimentos, mas muitas por faltas de “PANELAS” que estavam a serem surradas e amassadas, janelas e sacadas Brasil afora e adentro, me deixam mais triste que…
    “Peru em véspera de natal.”

    Ps: Se a coisa continuar e acho que vai; “Que falta as panelas, a comida não. Pau até com talheres, na inflação!
    Sergio José – Old Rubens.

  3. Como dizia o detestado por muitos e amado por muitos mais: Nunca antes na História deste país tivemos uma Imprensa tão livre e tão cínica. Como disse o Pullitzer: “Com o tempo, uma imprensa demagógica e cínica formará um público tão vil quanto ela.” Sábias palavras, que encontram eco no tambor diário da imprensa partidária, que esconde em meio às páginas as denúncias verdadeiras e dá manchetes à factóides criados a todo momento para servirem aos seus interesses escusos.

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