O deputado Tião Medeiros (PTB), vice-presidente da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, disse ao Blog que o arquivamento do processo contra o deputado Nelson Justus (DEM), acusado de contratar funcionários fantasmas e outros para atividades pessoais, era inevitável do ponto de vista jurídico. “Não havia o que fazer”, disse ele. Medeiros, que é advogado, informou que qualquer outra posição da Comissão de Ética não encontraria amparo legal.
Esclareceu que Justus já havia sido julgado pelas acusações (“segundo a Constituição ninguém pode ser julgado pela Comissão de Ética da AL em 2010 pela mesma acusação e absolvido pela ausência de provas”). A possibilidade de um novo julgamento dependeria de fatos novos, o que, em verdade, não aconteceu. Nem mesmo o Judiciário tomou qualquer medida, exatamente por falta de provas.
Na avaliação do parlamentar, o MP tentou na Assembleia o que não conseguiu no Judiciário. Medeiros queixou-se de um segmento da imprensa que não esclareceu os aspectos legais do caso, bem como da postura da Comissão de Ética pela legalidade.