Os paranaenses André Vargas (ex-deputado federal) e Paulo Bernardo (ex-ministro) voltaram a ser destaque no noticiário nacional. No caso do ex-deputado, o juiz Sérgio Moro deu prazo de 15 dias para o Ministério Público Federal se manifestar sobre a denúncia contra Vargas (ex-PT). Moro quer saber do MPF se são necessárias mais investigações ou se existem elementos para apresentar a denúncia contra o ex-petista. Vargas foi denunciado por lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores oriundos de corrupção.
A chapa continua quente para o ex-deputado. A investigação sobre sua atuação na Lava Jato voltou a Moro. Vargas tinha foro privilegiado no STF por ser deputado, mas foi cassado em dezembro por quebra de decoro parlamentar por causa do envolvimento com o doleiro Alberto Youssef.
Vargas é acusado de favorecimento de Youssef em negócios com o governo federal. O deputado teria intermediado interesses do laboratório Labogen, usado pelo doleiro para lavagem de dinheiro, com o Ministério da Saúde. O elo entre os dois veio à tona com a divulgação de escutas que mostravam que o ex-petista viajou com a família para o Nordeste, de férias, em um avião fretado por Youssef. O advogado do ex-deputado não foi localizado para comentar o assunto.
Já Paulo Bernardo, segundo a imprensa nacional, está em algum lugar incerto e não sabido. O oficial de Justiça João Augusto Sapia, designado pelo juiz Sergio Moro para intimá-lo não conseguiu encontrar o petista. Bernardo foi arrolado testemunha de defesa do presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, mas no endereço informado pelo próprio empreiteiro, o zelador do prédio disse que o petista não morava mais lá. Cabe agora à defesa apontar o endereço correto para que Paulo Bernardo possa ser ouvido como testemunha. O depoimento dele está agendado para a próxima quinta-feira, às 11 horas.