Da Gazeta do Povo – Curitiba
A decisão do PMDB de apoiar a candidatura de Roberto Requião para o governo do estado gera repercussão em todo o cenário eleitoral, mas principalmente nos planos de reeleição do governador Beto Richa (PSDB). Os tucanos consideravam a aliança como certa e inclusive já haviam reservado a vaga de vice para o partido. Entre os cotados, estavam o presidente do PMDB no Paraná, deputado federal Osmar Serraglio, o deputado estadual Caíto Quintana e o ex-governador Orlando Pessuti.
Por meio de sua assessoria, Richa afirmou que encara com naturalidade a decisão do PMDB e disse respeitar a posição dos convencionais do partido. Ressaltou que, apesar de ter muitos amigos peemedebistas, a legenda já não fez parte da coligação pela qual ele se elegeu em 2010. Para a disputa deste ano, o tucano afirmou que a sua chapa deverá contar com 14 partidos, incluindo o PSC e o PR, que foram adversários há quatro anos. Sobre o vice, o tucano declarou que vai discutir o assunto com as legendas aliadas até a data da convenção do PSDB, marcada para o dia 29.
Líder do governo na Assembleia Legislativa e principal articulador da aliança com peemedebistas, Ademar Traiano (PSDB) declarou que já considerava a possibilidade de fracasso da coligação. Ele acredita, porém, que o resultado não deve interferir na base de apoio do governo na Casa. Entre os 13 peemedebistas da Assembleia, onze apoiam Beto Richa.