NO PARANÁ
Filipe Barros garante mais R$ 1,2 milhão à Embrapa para pesquisa de mandioca

Publicado em 08 de julho de 2021

Deputado já assegurou este ano R$ 400 mil para
a pesquisa de mandioca na região de Paranavaí

Mais-de-um-milhãoO deputado Filipe Barro anunciou nesta terça-feira (06), durante audiência com o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti, mais duas emendas no Orçamento da União para a instituição, que totalizarão R$ 1,2 milhão em 2022 e 2023. Os recursos destinam-se à continuidade da pesquisa de cultivares de mandioca no Paraná.Para este ano, o parlamentar já conseguiu empenhar R$ 400 mil e para 2022, Filipe anunciou mais R$ 500 mil, e, no ano seguinte, outros R$ 700 mil, dando a opção à Embrapa que, querendo, inverta os valores das emendas, ou seja, R$ 700 para 2022 e R$ 500 mil para 2023. O total é de R$ 1,6 milhão para um setor que vem crescendo a cada ano na balança de produtos do agronegócio.

“É um aporte histórico. Acho que nos últimos dez anos, a Embrapa não recebeu um valor tão substancial para a pesquisa da mandioca no Paraná”, comentou o agroindustrial Ivo Pierin Júnior, que participou da audiência, representando a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (ABAM). O presidente do Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP), Guido Bankhardt, também participou do encontro, que foi por videoconferência, com participantes de Brasília e Paraná, em reunião agendada pelo gabinete do deputado paranaense.

O presidente Celso Moretti estava acompanhado do diretor Tiago Toledo Ferreira (Gestão Institucional), da gerente Cynthia Cury (Relações Institucionais e Governamentais) e da cúpula e pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura, que atuam em Cruz das Almas (BA), sede da unidade, e no Paraná.

UNIDADE DE PESQUISA – A Embrapa Mandioca e Fruticultura mantém três pesquisadores no Paraná – dois em Londrina, que ficam lotados na Embrapa Soja, e um em Marechal Cândido Rondon, lotado no campus do Instituto Federal do Paraná (IFPR). Os recursos para o desenvolvimento da mandiocultura no Estado sempre vinham da Embrapa nacional. “Agora temos um valor expressivo e que com certeza vai fazer avançar as pesquisas no Paraná, que é o principal produtor de mandioca para fins industriais e responsável por 70% da fécula produzida no país. Pela primeira vez vamos poder trabalhar com recursos próprios”, analisou Pierin.

Com a vinda destes recursos, ganha corpo a possibilidade de instalação em Paranavaí de uma Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (UMIPTT), no campus do IFPR, como tem reivindicado Filipe Barros junto a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Esta Unidade levaria benefícios aos produtores do país todo. “O Paraná é o Estado que explora a cultura da mandioca de forma mais tecnificada e profissional. Então o que se faz aqui se espalha pelo Brasil”, acrescentou o representante da ABAM.

O pesquisador Carlos Estevão Leite Cardoso, supervisor do Núcleo de Ações Estratégicas (NAE) e de Chefe-Geral Substituto da Embrapa Mandioca e Fruticultura, relatou durante a audiência que nos últimos anos a unidade entregou vários produtos e serviços ao setor, especialmente variedade com maior quantidade de raiz e de amidos, o desenvolvimento de um sistema de produção sustentável, através do plantio direto e estudos que permitiram a utilização do glifosato na cultura de mandioca – “tudo isto em parceria com a iniciativa privada. E é possível fazer mais”.

FUNDO DE PESQUISA – Com a garantia de recurso federais, por três anos, assegurados pelo deputado Filipe Barros, o agroindustrial Ivo Pierin anunciou que a ABAM e o SIMP vão realizar assembleias este mês para oficializar a criação do Fundo para o Desenvolvimento da Mandioca no Centro Sul do país (FDM Centro Sul BR) para dar aporte financeiro às pesquisas.

O presidente Moretti considerou a criação do Fundo “muito interessante” e segue uma tendência de outros países, em que a iniciativa privada participa do financiamento as pesquisas e apontou as dificuldades vividas pela instituição, como falta de recursos e de pessoal. Por isso defendeu trabalhar em parceria com outras instituições e assegurou que “precisamos continuar avançando, com ações mais perenes, através de ações estruturantes de médio e longo prazo”.

Pierin lembrou que as universidades estaduais do Paraná vêm dando contribuição para o desenvolvimento da cadeia produtiva da mandioca e sugeriu que elas fossem chamadas também para esta parceria e esforço concentrado.

Na sua avaliação pós reunião, sustentou que a vinda de novos recursos por parte do deputado Filipe Barros e do comprometimento da Embrapa com o setor deve-se, pelo menos em parte, à disposição do setor de participar ativamente do financiamento das pesquisas através do FDM.

MAIS RECURSOS – O chefe de gabinete do deputado Filipe Barros, Amauri Escudero, que já atuou como diretor-geral da Sevretaria de Estado da Fazenda e como secretário de Representação do Paraná em Brasília, citou que, se houver necessidade e projetos, além do R$ 1,6 milhão que o parlamentar está colocando à disposição da Embrapa para o setor da mandiocultura até 2023, é possível buscar mais recursos. “Vamos buscar alternativas para ampliar a oferta de recursos, falando com a Frente Parlamentar da Agricultura, com os senadores do Paraná e outros parceiros”, garantiu ele.

Moretti disse que em sua gestão tem procurado estruturar o que já existe de instalações físicas não dispendendo recursos para criar novas estruturas. Pierin acredita que assim a utilização dos laboratórios já existentes no campus do IFPR em Paranavaí poderiam ser incrementados, bem como estabelecer parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos, sediada no Rio de Janeiro.

O presidente da Embrapa determinou a realização de um planejamento com os recursos destinados pelo parlamentar e lembrou que, “como diz um ditado africano – se quer ir rápido, vá sozinho; se quer ir mais longe, vá acompanhado”. Por isso pediu que para o planejamento de médio prazose ouça a ABAM, SIMP, IFPR e outros atores da cadeia produtiva, apontando a necessidade de priorizar o que dá resultado mais rápido.

Ao finalizar sua participação na audiência, o deputado Filipe Barros destacou a importância da cultura mandioca industrial para o Paraná, considerou Pierin o “padrinho” da emenda que apresentou este ano (“foi ele que me pediu e o setor merece”), agradeceu a atenção da Embrapa e seus pesquisadores e disse estar satisfeito em poder contribuir com a região de Paranavaí, onde seu pai nasceu.

 

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Um comentário sobre “NO PARANÁ
Filipe Barros garante mais R$ 1,2 milhão à Embrapa para pesquisa de mandioca

  1. 1,2 milhão para pesquisa e enquanto isso o executivo faz de tudo para pagar 1 BILHÃO de reais referente à dívida da previdência municipal,[…] com o dinheiro dos nossos impostos. Um valor ridiculamente absurdo, considerando que o orçamento municipal inteiro, desse ano, foi de pouco mais de 200 milhões de reais.
    Conforme explicou, são contas atrasadas, mas os aposentados daquela época já não receberam? Então essa dívida será paga para quem? Se foi um empréstimo com o sistema financeiro, quanto de juro estaria embutido?

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