Indústria de multa ou proteção à vida

Publicado em 25 de maio de 2014

Nos últimos dias foram muitos os comentários sobre a utilização de radar em algumas das principais ruas de Paranavaí. A principal crítica é de que, como operado (o radar entre veículo ou atrás de uma árvore), o equipamento não passa de uma indústria de multa.
Mas há quem defenda a utilização do radar para coibir a alta velocidade. Para estes, tanto faz o radar estar visível ou não, com sinalização informando a fiscalização ou não, pois quem está conduzindo seu veículo dentro dos limites não tem porque se preocupar, já que não será multado.
A administração municipal se defende: diz que o recurso arrecadado com as multas, incluindo as provocadas pelo radar e as demais sequer garante a manutenção da Ditran, que todo o recurso gerado pelas multas obrigatoriamente são investidos no próprio trânsito e que as multas aplicadas por alta velocidade detectadas pelo radar estão em quarto ou quinto lugar no ranking das principais causas de multa.
E ainda sobre os valores arrecadados questiona quanto vale uma vida.
No entanto, segundo uma fonte da prefeitura, o Governo Municipal estaria disposto a ceder parcialmente: vai adotar a sinalização fixa, a exemplo do que é feito nas rodovias, com informações do tipo “esta via é fiscalizada por radar”. E o radar vai operar, em sistema de rodízio, nas vias sinalizadas. Até que a sinalização fique pronta, será utilizada a móvel, acompanhando o radar.
A fonte lembra que não é mais obrigatório informar onde o radar está operando.

Alda - 391x69

6 comentários sobre “Indústria de multa ou proteção à vida

  1. Gente até que enfim, a prefeitura cedeu.
    Recentemente até postei um comentário em um blog local. Onde relatei que, realmente não existe mais a obrigatoriedade de sinalização.
    Mas em Maringá e outras cidades existe, nas rodovias existe.
    Porque só Paranavaí é diferente?
    A fiscalização do radar, veio para educar ou arrecadar?
    Uma coisa tão simples. E assim, acaba logo com essa conversa de indústria de multas.

  2. bom o discurso da Prefeitura – se não é obrigatório sinalizar, nao é proibido. e se não é industria, basta sinalizar para acabar com o blá blá bla. De parte a parte. Dos infratores e da prefeitura.

  3. Seja como for, indústria de multas ou proteção à vida, o cidadão sentir-se enganado pela presença de um radar colocado “na moita” não combina com austeridade do governo Lorenzetti. Pra se ter uma ideia, em Maringá, mesmo sinalizados, quando derma aos pardais o nome de “salva vidas”, além da gozação, o efeito foi muito negativo. Não se pode subestimar a inteligência do povo

  4. o demorô seja sincero, tu eh um CC do atual governo ou um puxa saco de plantão,
    seja você multado duas ou três veses por uma mísera diferença de velocidade que você irá ter outros pensamentos em relação ao radar.

  5. A pergunta beira à ingenuidade. As pessoas um pouco mais esclarecidas sabem que TODAS as administrações públicas arrecadam menos do que gastam ou precisam. Daí, a necessidade de fazer caixa a qualquer custo, até porque vivemos uma situação político-econômica peculiar: o inchamento da máquina pública com o objetivo de intensificar a fiscalização e criar institutos e cargos para fortalecimento da base política, praticamente obrigando a práticas frequentes de mexer no bolso do contribuinte; pior, sob uma alegação espúria e perversa de que assim cria um processo de conscientização e educação da sociedade. Qualquer idiota sabe que conscientização é decorrente de um processo cultural. Psicopatas e bandidos fazem parte do meio em que habitamos e, seguramente, não serão recuperados por um radar atrás de uma árvore. Isto na verdade tem outro nome: sacanagem.

  6. Eu entendo com proteção a vida. Quem não quizer ser multado, que obedeça o limite de velocidade não acham? j.p.do programa a voz da comunidade.

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