A nova edição do Jornal Panorama, já nas ruas, em sua manchete principal, traz importantes conjecturas a respeito da reforma administrativa que o prefeito Rogério Lorenzetti deverá fazer em retorno de férias, no início de janeiro. Diz a matéria do JP:
O prefeito Rogério Lorenzetti (PMDB) começa o ano de 2014 tentando ajustar sua equipe de trabalho. Já anunciou que vai fazer uma reforma administrativa. Diz que serão três substituições. Mas não dá qualquer sinal de quais secretários poderão deixar o Governo Municipal.
A reforma administrativa não chega as ser nenhuma novidade, já que ao dar posse aos secretários no início do ano, todos foram avisados que seriam avaliados periodicamente e a substituição poderia ocorrer a qualquer momento, especialmente ao final de casa semestre.
Mas a reforma administrativa poderá levar em conta mais que o desempenho de cada secretário. Forças políticas poderão influenciar nas mudanças. A próxima campanha eleitoral deverá ser um dos ingredientes das mudanças na Administração Municipal.
As especulações em torno de nomes a serem substituídos variam de acordo com a fonte que se consulta. E o interessante é que muitos apontam nomes que deixarão o Governo Municipal, mas poucos arriscam apontar quem serão os substitutos.
Rogério informou que manterá conversas individuais com os secretários. Perguntará (para os que ele quer que fique) se quer continuar no cargo. E os que desejarem a continuidade terão novas metas a serem cumpridas.
O Jornal Panorama ouviu algumas lideranças políticas, que por razões óbvias terão seus nomes mantidos no anonimato, e buscou traçar um perfil sobre o que pode acontecer.
Entre os ouvidos, há consenso de alguns nomes que, por ora, continuam firmes no governo. Nesta relação aparecem os nomes de Osmar Wessller (Agricultura), Gilmar Pinheiro (Fazenda), Moacir Maciel (Desenvolvimento Urbano), Jorge Roberto (Comunicação Social), Sony Felippe (Turismo), Cida Gonçalves (Educação), Homero Madruga Chaves (Procuradoria Jurídica), Nivaldo Mazzin (Governo), Agamenon Arruda (Saúde), Eurípedes Lemes da Silva (Infraestrutura) e Carlos Alberto Vieira (Controladoria Geral do Município).
Existe outra relação que, em princípio, não estaria nos planos do prefeito em substituir, mas para os quais vem recebendo forte pressão política, especialmente de alguns vereadores. Nesta relação aparecem os nomes de Márcio (Leiteiro) Gonçalves (Esportes), João Marques (Meio Ambiente) e Marly Bavia (Assistência Social).
Em outra lista estão os nomes dos secretários que estariam bem cotados para deixar o cargo. São os casos de José Correa Faria Filho (Proteção à Vida), Rodrigo Giovine (Administração) e Joaquim Aurélio da Conceição, o Shiroff (Desenvolvimento Econômico).
Dois casos poderão ter tratamento diferenciado. O presidente da Fundação Cultural, Paulo César de Oliveira, estaria disposto a deixar o cargo para desenvolver projetos pessoais.
Há, ainda, outra lista. Nela aparecem os nomes de Sony Felippe, Antonio Homero Madruga Chaves, João Marques e Carlos Alberto Vieira, que fazem parte de outras listas. Homero e Marques são do PDT e o partido pretende lançar o nome de seu presidente, José Edegar Pereira, o Bedão, como candidato a deputado estadual. Sony é do PSD e esposa do ex-prefeito José Augusto Felippe, que também quer concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa.
Ocorre que para deputado estadual, Rogério quer todo seu secretariado fechado com Teruo Kato (PMDB), que vai disputar a reeleição. E, por isso, fica uma interrogação quanto a estes secretários.
Há sinais de que o prefeito poderia tolerar o caso do controlador Carlos Alberto Vieira, que apoiaria a candidatura de Claudemir (Irmão) Barini. Vieira é do PSC, que participou da coligação que elegeu Rogério. Mas Irmão Barini, dá sinais claros de que vai engrossar a bancada de oposição na Câmara. Assim, passa ser uma indefinição.
O componente político pode influenciar, inclusive, em substituições nos cargos de segundo escalão. É o caso do DEM, que detém a Ouvidoria Municipal, mas seu vereador, Aldrey Azevedo, disparou sua metralhadora de críticas à Administração Municipal.

Rogério não desistiu de levar um
vereador para o Governo Municipal
O assunto é tratado em segredo absoluto dentro da Administração Municipal. Mas a verdade é que o prefeito Rogério Lorenzetti (PMDB) não desistiu da ideia de levar um vereador para compor seu governo, abrindo espaço para que um suplente assuma uma cadeira Na Câmara Municipal. Suplente é sempre mais fiel que um titular. Sabe que com uma canetada pode perder o cargo.
Já no início da nova gestão, Rogério tentou atrair o vereador Antonio Alves (PP) para a Secretaria de Proteção à Vida, Patrimônio e de Trânsito. Na época, Alves declinou do convite, mas não fechou as portas para o futuro. Agora ele pode estar sendo de novo convite.
Outro nome que o prefeito mostra simpatia para compor o seu governo é o do vereador Leonildo Martins (PT). Ele poderia ocupar a Secretaria de Administração. Rogério mantém bom relacionamento com uma ala do PT, onde está Leonildo. O petista poderá ser convidado para integrar a administração municipal.
Nos dois casos, o de Alves e o de Leonildo, assumiria o ex-vereador Milton Hipólito dos Santos, o Miltão, que mesmo estando no PP de Toshie e Maurício Yamakawa, tem trabalhador por Rogério. Atualmente está nomeado na Secretaria de Proteção à Vida.
Outra possibilidade é sensibilizar um nome do PMDB, Zenaide Borges ou Walter dos Reis, para compor o Governo Municipal. Neste caso, assumiria Márcio (Leiteiro) Gonçalves, atualmente secretário de Esportes e Lazer.