Síndrome respiratória provoca superlotação da Santa Casa

Publicado em 26 de maio de 2022

Diretor técnico do hospital orienta o uso de máscaras, evitar
aglomerações e vacinação como medidas de prevenção

Santa-Casa-lotadaA elevação no número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SARS) já está impactando a Santa Casa de Paranavaí. Na manhã desta quinta-feira (26), havia um total de 180 internados na unidade central, dez a mais do que a capacidade do hospital, que dispõem de 170 leitos.

“Estamos vivendo uma um momento bem delicado. No pronto socorro, por exemplo, estamos com 17 pacientes e nossa capacidade é de 16 atendimentos. Alguém está sendo atendido em maca”, informa o diretor-geral do hospital, Héracles Alencar Arrais.

Alguns setores sofrem mais que outros. Por exemplo, dos 16 leitos da pediatria, 12 estão ocupados. Mas não há como usar estes leitos para outra finalidade. Já as duas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão operando em sua capacidade total. Nesta manhã não havia falta de leitos, mas não tinha nenhum disponível, assim como na UTI neonatal.

PREVENÇÃO – O diretor-técnico da Santa Casa de Paranavaí, o cirurgião Jorge Pelisson, disse esta manhã que o aumento de casos de SARS está acontecendo em todo o país e, de certa forma, é consequência, dos dois anos da pandemia. “O nosso sistema imunológico estava, de certa forma, acomodado”, explicou ele.

Esta acomodação é consequência dos dois anos em que a população usou máscara quase que diariamente. “A maioria das pessoas não teve nem gripe comum, porque a máscaras protegia contra o vírus da Covid, mas também o da gripe e outros vírus. Com a volta as aulas e o retorno da aglomeração, por exemplo, em campos de futebol, era de se esperar acontecer o que está acontecendo”, diz o médico.

Pelisson lembra, ainda, que as baixas temperaturas registradas nos últimos dias favorecem a sobrevivência do vírus por mais tempo no ar e também eleva a transmissibilidade.

O diretor recomenda à população, que sempre que possível, use máscaras, evite aglomerações e se estiver com sintomas gripais, procure se isolar para não transmitir a doença. A vacinação está impedindo um maior número de internamentos e óbitos, mas isso não deve, na opinião do médico, acomodar a população.

“O índice de casos de é menor, mas uma parcela precisa ter atendimento hospitalar. É proporcional, quanto mais casos mais tem pessoas em que o caso se complica, principalmente entre aqueles que tem mais idade e alguma comorbidade. A gripe pode evoluir para pneumonia, para a insuficiência respiratória e aí a necessidade de atendimento hospitalar e pode até levar à óbito”, explica Pelisson.

O médico ainda recomenda que toda a população apta complete seu esquema vacinal contra a Covid, inclusive as duas doses de reforço. E também busque a imunização contra a gripe. Para quem não tem direito na rede pública, se tiver condições que adquira e tome a vacina.

“Já está claro, todas as evidências mostram a eficácia da vacina, principalmente no sentido de evitar o agravamento da doença. A Covid vai ser mais uma gripe, que vamos ter que conviver com ela e se vacinar periodicamente”, arremata o diretor-técnico da Santa Casa de Paranavaí.

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