A Revista ISTOÉ, de circulação nacional, trouxe em sua edição 2267, de 26 de abril último uma matéria em, que trata de parlamentares que lucram com contratos milionários do programa Minha Casa Minha Vida. Diz a revista: “Levantamento feito por ISTOÉ indica que a política habitacional criada para ajudar os mais pobres enriquece também deputados e senadores”.
“Os dados (…) mostram que parlamentares de diferentes partidos têm obtido vantagens financeiras com o programa de duas maneiras: na venda de terrenos para o assentamento das unidades habitacionais e na obtenção de contratos milionários para obras que são realizadas por suas próprias empreiteiras”, aponta ISTOÉ.
A reportagem, com o título Minha Casa, Meu Negócio, cita entre os beneficiários o deputado Edmar Arruda (PSC-PR) e aponta nominalmente o empreendimento dele em Paranavaí.
Informa a revista:
No Paraná, em pelo menos três municípios, imóveis do Minha Casa, Minha Vida levam o selo da Cantareira Construções. A empreiteira pertence ao deputado Edmar Arruda (PR-PR). Só da Caixa, a Cantareira recebeu R$ 65,5 milhões até o fim de 2012. E a empresa do deputado fechou novo contrato para construir 400 casas no município de Paranavaí, um acerto de R$ 30 milhões. Os recursos, desta vez, virão do Banco do Brasil. Acumulando as funções de representante do Legislativo e presidente do Grupo Cantareira, Arruda percorre municípios do Estado discutindo com prefeitos projetos de ampliação do Minha Casa, Minha Vida. Em um evento na Câmara Municipal de Ivatuba (PR), no fim de 2011, Arruda foi homenageado por anunciar um empenho de R$ 300 mil de uma emenda parlamentar para a cidade. Na mesma reunião, aproveitou para fazer lobby pela construção de 140 casas do programa Minha Casa, Minha Vida. O próprio deputado-empreiteiro, sem nenhum constrangimento, explicou aos vereadores que o município precisaria captar R$ 2,3 milhões com o programa do governo para tirar as habitações do papel. Procurado, ele alegou que já foi sócio da empresa, mas hoje não faz mais parte dela. Embora, na reunião com os prefeitos, ele seja apresentado como presidente do Grupo Cantareira, Arruda diz que a empresa “está em poder da sua família”, como se isso resolvesse o conflito de interesses. Arruda argumenta ainda “que o dinheiro do Programa Minha Casa, Minha Vida não é público e que advém de recursos oriundos de fundos como o FAT e o FGTS”.
Edmar Arruda: Minha casa, meu negócio
Publicado em 06 de maio de 2013
3 comentários sobre “Edmar Arruda: Minha casa, meu negócio”
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Me engana que eu gosto. Quando este deputado estiver por perto é bom usar um galho de arruda
Agora eu sei!
Agora eu sei (já sabia, agora estou confirmando) porque nenhum deputado federal e nenhum deputado estadual assumiu incondicionalmente a luta para que tenha atendimento oncológico em Paranavaí, para beneficiar a cidade e a Região Extremo Noroeste do Paraná.
Paranavaí deixou de ter o Hospital Público Regional porque as autoridades não o defenderam e acharam melhor que ele fosse uma ala da Santa Casa de Paranavaí.
Francisco Beltrão, 78 mil habitantes, esbravejou e o Governo do Paraná está nomeando 524 profissionais da saúde para aquela cidade.
Francisco Beltrão esbravejou (isto é, lutou pela cidadania e dignidade) e conseguiu o credenciamento do hospital para tratamento do câncer.
Apucarana, Arapongas e Campo Mourão estão com o credenciamento do hospital do câncer.
E, Paranavaí, recebe deputados, “atuantes empresários de elevado sucesso”, para “derramar seus interesses pessoais”, obter verbas do governo federal, para ganhar em cima do sonho da “Minha Casa, Minha Vida”! E a Prefeitura ainda diz que via liberar seus secretários para apoiar “autoridades desse calibre”!
E, mais que isso, autoridades locais e regionais estão defendendo a vinda de um grupo de “elevado sucesso”, para fazer rifas, carnês, promoções, mais dinheiros das prefeituras, do governo do estado, do governo federal, para daí começar a construção do hospital do câncer.
Autoridades locais que baixam a cabeça para o sofrimento do próximo e levantam a cabeça para “outras prioridades”.
Essas autoridades precisam dizer a quem defendem e a quem se submetem. Espero que respondam: defendemos a dignidade e a cidadania.
Waldur Trentini-RG-1146822-5-PR; waldur.trentini@uol.com.br
TÁ EXPLICADO PORQUE O RL, QUE COMO FAZENDEIRO É CONTRA A REFORMA AGRÁRIA, MAS COMO PREFEITO QUER A REFORMA URBANA. QUER DESAPROPRIAR OS TERRENOS NA CIDADE PORQUE OS ESQUEMA ESTÁ ARMADO PARA CONSTRUIR AS CASAS POPULARES.