Paraná vai assinar acordo para fabricar a vacina russa Sputnik V

Publicado em 11 de agosto de 2020

Horas depois de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter divulgado a vacina russa Sputnik V como a primeira registrada no mundo, o governo do Paraná anunciou que vai assinar um convênio com aquele país para produzir a essa vacina. A previsão é de que o convênio seja assinado pelo governador Ratinho Júnior (PSD) e o embaixador da Rússia, Sergey Akopov, nesta quarta-feira (12).
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) será responsável por todas as etapas, desde a pesquisa até a distribuição das doses da vacina russa.

Segundo o governo, o passo seguinte à assinatura do acordo é o compartilhamento do protocolo russo com a Anvisa, para que a agência brasileira libere a realização dos procedimentos necessários para os testes.

O presidente do Tecpar, Jorge Callado, ressaltou que a pesquisa vai avançar conforme o compartilhamento as informações. Se tudo ocorrer dentro dos protocolos previstos, a distribuição não deve ocorrer antes do segundo semestre de 2021.

“Antes da liberação, não há possibilidade de colocar nada em prática. Reitero que a prudência e a segurança são palavras-chave nesse processo”, pontuou o presidente do Tecpar. É importante essa assinatura para que essa condição de troca de informações comece, afirmou o presidente do Tecpar.

“Cada passo no seu momento adequado, não podemos queimar etapas”, disse.

No dia 24 de julho último, o governo do Paraná havia informado que a cooperação técnica com a Rússia estava em andamento. O possível acordo foi tratado em uma reunião, em Brasília, entre o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.

Ainda se sabe pouco sobre a eficácia dessa vacina, e ela vem sendo questionada por especialistas internacionais. O site oficial russo sobre a pesquisa informa que os testes de fase 1 e 2 foram completados no dia 1º de agosto. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera necessário haver três fases de testes para comprovar a eficácia de uma vacina.

Publicado anteriormente pelo Contraponto

A informação é das jornalistas Carolina Wolf, Luciane Cordeiro e Thais Kaniak, da RPC e G1-Paraná.

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