ACIAP comemora reabertura do comércio nesta quarta, mas pede responsabilidade

Publicado em 08 de abril de 2020

Gehlen-ResponsabilidadeA partir desta quarta-feira (08), o comércio de Paranavaí poderá abrir suas portas desde que siga o decreto da Prefeitura Municipal que flexibilizou a retomada das atividades econômicas na cidade e o decreto estadual que trata do assunto. Com assento no Comitê de Operação Emergencial (COE), que está discutindo e tomando decisões relativas as ações para evitar a proliferação do novo coronavírus, a Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP) comemorou a decisão, mas pediu responsabilidade aos empresários por conta do momento delicado que vive o país com a pandemia do Covid-19.Porta voz dos empresários e reivindicando desde o início a adoção de medidas para mitigar os efeitos econômicos do isolamento social, a ACIAP apresentou várias sugestões para a composição de uma cartilha, que agora deverá ser o guia do varejista, sob pena de um novo decreto determinar o fechamento novamente das empresas.
“É um momento importante para pensarmos nesta conquista que tivemos e, obviamente, temos as nossas responsabilidades”, disse nesta terça-feira (07) o presidente da entidade, Maurício Gehlen. O COE – lembra ele – “fez de tudo para que o comércio abrisse e nós temos que ter a nossa responsabilidade”, acrescentou, asseverando que o cumprimento das normas estabelecidas é responsabilidade individual de cada empresário.
O líder empresarial lembrou que o setor é responsável pela geração de emprego e renda, “mas sabemos que a maior importância de toda nossa vida são as pessoas. E é com isso que nós precisamos se preocupar, dando condições aos consumidores que entrem nos estabelecimentos e possam ser atendidos com dignidade e segurança, ofertando todos os equipamentos possíveis, especialmente álcool em gel, para que os clientes se sintam bem e vejam que estão num estabelecimento que tem segurança para o ser humano”.
A mesma preocupação, reforçou Gehlen, o empresário de ter em relação aos seus colaboradores. “Os empresários estão nesta angústia de reabrir seus negócios, mas nunca esquecendo dos funcionários que são de extrema importância para o sucesso de uma empresa”, disse ele. “Com certeza nenhuma empresa conseguirá, nesse momento terrível que estamos passando, ter êxito se não tiver a compreensão e a dedicação dos funcionários para que tais medidas apontadas pelo COE possam ser colocadas em prática”.
O empresário reconheceu que “estamos num momento muito difícil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pede para que façamos a nossa parte e nós, empresários, temos que fazer a nossa, dando condições para os clientes visitar o estabelecimento, fazer suas compras, pagar suas prestações e garantir a ele uma qualidade de vida tão importante nesse momento”.
Ele pede que os associados “sigam todas as recomendações do COE e da OMS para não termos tumulto, não gerarmos inconsequência, não gerarmos esta preocupação e, sim, mantermos nossos estabelecimentos vivos, gerando emprego e renda”. E conclamou: “tenham cuidado com a vida. A vida é muito mais importante que o nosso próprio negócio”.

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Um comentário sobre “ACIAP comemora reabertura do comércio nesta quarta, mas pede responsabilidade

  1. Os custos das empresas dispararam, pois as contas atrasadas serão cobradas agora, principalmente o aluguel. Ao mesmo tempo, as receitas irão desabar devido à própria crise. Estes fatores entram na formação do preço de venda e de serviços.

    Micro e pequenas empresas terão de, ou aumentar os preços agudamente para cobrir seus custos, fazendo-os perder a clientela, ou buscar empréstimos a taxa de juros não tão baixas, e ir definhando aos poucos. O impacto sobre as grandes empresas será bem menor, pois possuem uma relação receita vs custos muito mais vantajosa, e acabarão por monopolizar o mercado.

    O poder municipal poderia buscar um acordo com os proprietários de imóveis comerciais, para cancelar o aluguel dos empresários, nos meses em que eles ficaram fechados. Caso contrário, o regalo ao proprietário também seria cancelado, e seu imóvel sofreria uma reavaliação do valor venal para o preço real de mercado.

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