Voz que teria autorizado entrada de assassino de Marielle no condomínio de Bolsonaro não era de porteiro

Publicado em 11 de fevereiro de 2020

Um laudo da Polícia Civi do Rio de Janeiro,, assinado por seis peritos, concluiu que a voz que liberou a entrada do ex-PM Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no dia em que a vereadora carioca Marielle Franco foi assassinada, não é a do mesmo porteiro que afirmou em depoimento à polícia que o miliciano desejava ir à casa do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o documento, a voz é do policial reformado Ronnie Lessa. O laudo foi obtido pelo jornal O Globo.

Lessa e Élcio de Queiroz estão presos sob acusação de terem cometido o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes no dia 14 de março de 2018. O Ministério Público do Rio (MPRJ) já havia feito uma análise da gravação e também afirmava, antes mesmo da perícia, que a autorização para a entrada de Élcio no condomínio Vivendas da Barra fora dada por Lessa, e não por Bolsonaro.

Com a análise do MPRJ, o porteiro que citou Bolsonaro havia recuado e disse que cometeu um erro ao anotar na planilha do condomínio que Élcio pretendia visitar a casa 58, número da residência de Bolsonaro, em vez de casa 65, onde Lessa vivia.

Segundo o laudo, outro empregado ligou para Lessa informando a presença de Élcio na portaria. Lessa, então, autorizou a entrada. Ainda de acordo com o laudo da Polícia Civil, não foram encontrados “indícios sugestivos de edição fraudulenta do disco analisado, correspondente ao sistema de gravação do interfone”.

Contraponto

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