SANTA CASA

Publicado em 13 de setembro de 2019

Gestão da Unidade Morumbi servirá
de modelo para outros hospitais


Além dos recursos liberados para a compra de equipamentos,
Governo formatou modelo de custeio que será referência

Santa-casa-referenciaO governador Ratinho Júnior e o secretário estadual da Saúde, Carlos Alberto Gebrim Preto, o Beto Preto, liberaram nesta quinta-feira (12) R$ 19,6 milhões para aquisição dos equipamentos para a Unidade Morumbi da Santa Casa de Paranavaí. A previsão é de que em 12 meses, a nova unidade hospitalar estará funcionando.

Tão importante quanto a liberação dos recursos foi o modelo de gestão financeira da nova unidade, engendrada pela Secretaria Estadual de Saúde (SESA), conforme comemorou o secretário Beto Preto na cerimônia de liberação dos recursos, no anfiteatro da Unipar. Por este modelo, o financiamento da unidade, que custará R$ 3,1 milhões por mês, será sustentado no tripé Santa Casa (com os recursos dos serviços prestados ao SUS), Governo do Estado (pela SESA) e os municípios da região (através do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amunpar).

Havia uma preocupação do Governo do Estado em relação ao custeio da Unidade Morumbi. Isto porque, lá o atendimento será 100% SUS, diferente da Unidade Central, que, por ser filantrópico, destina em média 80% dos leitos para a saúde pública (a legislação prevê 60%) e o restante vai para planos de saúde e atendimento particular. É desses 20% que sai parte dos recursos para cobrir o déficit do SUS.

No começo da semana o diretor executivo em Saúde da SESA e chefe de gabinete do secretário, Geraldo Biesek, esteve em Paranavaí e fez diversas reuniões com a direção da Santa Casa, prefeitos, Consórcio Intermunicipal e secretários de saúde para pactuar o modelo de gestão. Ele explicou o empenho do Governo em encontrar uma forma para garantir o financiamento da Unidade Morumbi.

“É um compromisso do Governo regionalizar a assistência da saúde”, afirmou. Na sua avaliação não há lógica o paciente sair da região para ir fazer procedimentos em Maringá, Arapongas ou outro centro, quando poderia ser realizado em Paranavaí. Além de regionalizar, o governo quer garantir resolutividade. “Dinheiro novo não pode ser para serviços velhos, tem que ser para novos serviços”, disse o secretário Beto Preto, na Unipar.

MAIS LEITOS – Com a nova unidade, a Santa Casa vai aumentar o número de leitos cerca de 40%, passando dos atuais 170 para 280. Até então, os pacientes SUS saiam de suas consultas com indicações para as cirurgias eletivas e iam fazer fora. Os municípios bancavam o transporte e outras despesas. Agora a ideia é que estes pacientes sejam atendidos em Paranavaí e as prefeituras participem do custeio.

A participação dos municípios no financiamento da Unidade Morumbi será proporcional, de forma que Paranavaí, que é maior cidade, pagará mais e Nova Aliança do Ivaí, a menor, pagará menos, conforme explicou Geraldo Biesek. A cidade polo também assumirá outros compromissos, conforme ficou acertado com o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (Delegado KIQ). “Fizemos uma pactuação que será usada em outras unidades. E o melhor é que tudo foi conversado, nada imposto”, comemora o diretor da SESA.

A prestação de serviço das cirurgias eletivas também será proporcional. “Para urgência e emergência, continua tudo como está, não há limite de atendimento. O ganho será nas cirurgias eletivas, que passará das atuais 150 por mês para 400”, esclareceu Biesek. Atualmente não é possível fazer esta ampliação justamente por falta de leitos.

 

 

 

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