Segunda subestação da Copel

Publicado em 16 de fevereiro de 2019

  Em ofício encaminhado nesta sexta-feira (15) ao presidente Daniel Pimentel Slaviero e aos conselheiros da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), a Sociedade Civil de Paranavaí e Região Noroeste formalizou o pedido para que a empresa contemple a cidade “com urgência” com uma segunda subestação de 138 KV “para perfeito equilíbrio do sistema para atender a demanda frequente e acentuado crescimento”. No documento, assinado por Demerval Silvestre, Ivo Pierin Júnior, Edilson Avelar da Silva e Dante Ramos Júnior, coordenadores do movimento, a Sociedade também faz questionamentos e sugestões.

No ofício, os signatários lembram de algumas bandeiras do movimento em favor do fortalecimento econômico da região, entre elas, a duplicação da BR-376 entre Paranavaí e Nova Esperança, a instalação da Reitoria da Unespar na cidade e a proposta para o Governo assumir as obras da Unidade Morumbi da Santa Casa de Paranavaí, estas já consolidadas. E o Curso de Medicina e a duplicação da BR-376 até o Porto São José e dali até Taquarussu (MS), viabilizando a Rodovia do Agronegócio, estas em andamento.

Os representantes da Sociedade Civil, que reúne mais de 80 entidades, afirmam que “a realidade energética é um dos empecilhos para concretizar a atração de novas indústrias e para o incremento da produtividade agrícola através da irrigação, além de, lamentavelmente, dificultar as indústrias já instaladas, especialmente aquelas voltadas ao agronegócio, se manter e expandir suas atividades”.

Continua o documento: “a atual condição de ‘distribuição energética’ de Paranavaí e região tem ficado muito aquém do que empresários e agricultores necessitam”.

Mais adiante, lembram que cidades como Campo Mourão, Cianorte e Umuarama já foram contempladas com uma segunda subestação. “Logo, corremos o risco de perder as indústrias, mormente as do agronegócio, para outras regiões e tampouco atrair outras, decorrentes da parca condição do sistema de distribuição que hoje a região oferece. Urge que nosso pleito seja atendido”, reforça o documento.

Os coordenadores justificam o pedido lembrando, ainda, que produtores rurais e empresas do setor “estão instalando sistemas de irrigação para aumentar a produtividade com elevado investimento, mas sem a garantia de que terão energia suficiente para usar/ligar as bombas elétricas”.

Já na parte final do documentos, os subscritores dizem que “temos energia, água em abundância, energia sobra no Estado, mas carecemos de uma distribuição mais adequada, mas temos certeza que esta Presidência e digno Conselho se atentarão mais profundamente para equalizar estas questões”.

Em seguida questionam: qual a capacidade atual da subestação de Paranavaí? Por que as quedas de energia na região estão com frequência acentuada? Que medida a Copel pode efetuar para sanar imediatamente as quedas de energia? E por que não se faz da irrigação uma bandeira do novo Governo, com um plano de apoio ao produtor para irrigação?

Finaliza afirmando que a Copel deve ajudar as indústrias, de forma especial às ligadas ao agronegócio, “que tanto traz riqueza ao Paraná, mas sente-se carente até de energia trifásica nas propriedades rurais. Conclamamos e rogamos que a região de Paranavaí tenha a merecida atenção por parte desta Companhia”.

 

 

 

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2 comentários sobre “Segunda subestação da Copel

  1. Interessante esse pedido da “sociedade civil de Paranavaí”, lógico que tudo é para o desenvolvimento local e regional é louvável. Minha estranheza está no fato de essa obra já estar em andamento, isso porque a Elétricas Reunidas do Brasil SA, CNPJ28.052.123/0001-95, com sede na rua Casa do Ator, n° 1155, Conj 42, Andar 4, Vila Olímpia, São Paulo – SP, (11) 3138-7468 é responsável pelo empreendimento que ganhou do leilão de 005/2016 do Lote 001 da ANEEL.
    Esse lote de linhas de transmissão conduzirá energia de Foz do Iguaçu ao norte do Paraná, com linhas de transmissão de 230kV e terá um braço de Sarandi a Paranavaí, sendo que nas duas cidades também serão instaladas Subestação de Energia – SE. A linha de transmissão entre essas cidades tem aproximadamente 85 quilômetros e a SE que será montada em Paranavaí é de 230/138 kV.
    Além de o Relatório Ambiental Simplificado – RAS há outras informações desse empreendimento disponível na ANEEL e pela própria empresa que ganhou o leilão, inclusive já houve em Paranavaí, na câmara municipal, a apresentação desse projeto. Só para se ter uma ideia já se tem o cronograma do empreendimento com inicio das obras civis em 11/02/2020 e término das obras em 11/08/2022. Também há o histograma de mão de obra, sendo de 1.847 contratações diretas e 337 indiretas.
    Por fim, o município de Paranavaí já está na rota das novas estruturas energéticas, acho que a “sociedade civil de Paranavaí” não tinha essa informação ou se tinha está querendo ser o benfeitor dessa obra.

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