Santa Casa forma especialistas

Publicado em 16 de fevereiro de 2019

Santa-Casa-0A cerimônia em que o Conselho de Residência Médica (Coreme) da Santa Casa de Paranavaí fez a entrega de diplomas para a quarta turma de especialistas formada pelo hospital foi marcada por homenagens a dois médicos que faleceram entre a última e esta formatura: Michel Spigolon, então chefe da UTI e diretor técnico do hospital, que faleceu em março do ano passado, e Waldomiro Esperidião Júnior, supervisor do curso de Anestesiologia, que morreu no início deste mês. A solenidade aconteceu na noite desta quarta-feira (13), no Harmonia Country Clube.
Já no início da cerimônia foi respeitado um minuto de silêncio pela memória dos dois médicos. Em seguida, a anestesista Daisy Junqueira Bordin, que assumiu a supervisão do curso de residência, em substituição ao colega falecido, fez um rápido pronunciamento lembrando o comprometimento de Esperidião com a profissão.
Nos discursos oficiais da formatura, a memória dos dois falecidos também foi lembrada. O orador da turma, foi Raphael Ricardo de Oliveira, o primeiro anestesista a ser formado pelo hospital. No seu pronunciamento, disse que se sentiu órfão com a morte de Esperidião e revelou que no bloco cirúrgico os preceptores brincavam lhe chamando de “filho do Waldomiro. Mas tenho certeza que ele ficou orgulhoso por nossas conquistas. A minha de estar concluindo a Residência e a dele por ter realizado de forma brilhante a Residência que teve ele como principal idealizador”.
Representando os supervisores e preceptores, o cirurgião Leônidas Fávero Neto fez um pronunciamento dirigido mais aos novos especialistas. Citou que aquele era um momento de comemoração da “consolidação daquilo que se pretende para uma vida toda, alcançada através de dedicação e comprometimento, muito estudo e, provavelmente, muito mais ainda, trabalho”. Mais adiante, disse que os formandos “se permitiram querer o infinito do conhecimento médico e não a limitação suficiente para o desempenho da profissão no dia a dia. É exatamente isto que esperamos de cada um destes especialistas. A medicina brasileira reconhecerá seus esforços”.
Ao final, Fávero aconselhou: “não percam a humildade, entendam que sempre haverá o que aprender e sempre existirá alguém que necessitará de seus conhecimentos, seja este alguém um paciente, seja um aluno de graduação médica. Mas, especialmente, exerçam a medicina com muita responsabilidade”.
QUARTA TURMA, ORGULHO – Falando também em nome do presidente Renato Guimarães, o diretor geral Héracles Alencar Arrais destacou que desde que foi autorizada a residência, a Santa Cada vem fazendo investimentos para dar cada vez melhores condições para o aprendizado dos residentes e que os resultados estão aparecendo. “Hoje, com esta quarta turma, passamos de mais de 30 profissionais que se especializaram em nosso hospital e isto é motivo de orgulho para todos nós: diretoria, a coordenação do Coreme, supervisores, preceptores e, diria até, motivo de orgulho para a cidade e região”, disse ele.
Lembrou que os residentes formados na Santa Casa têm sido aprovados para outras especialidades ou estão atuando com sucesso em hospitais e clínicas, o que, segundo ele, demonstra que “nosso clínico e de enfermagem, os equipamentos e as instalações físicas, avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação, são, de fato, de alto nível”.
Arrais fez uma referência especial ao presidente do Coreme, Jorge Pelisson, que “é um entusiasta e um motivados da Residência Médica. E o seu ânimo contagia os preceptores e supervisores”. Revelou que os médicos não têm remuneração para atuar na Residência, mas “o fazem por amor a profissão, por amor ao hospital, pelo desejo de compartilhar seus conhecimentos; o fazem porque são homens e mulheres magnânimos”.
Ao final, visivelmente emocionado, lembrou de Spigolon e Esperidião, “dois jovens médicos que nos deixaram precocemente, no auge de sua capacidade produtiva”. Sobre o então chefe da UTI, disse que mantinha com ele uma relação de “pai para filho. Ele deixou em nosso corações uma lacuna que jamais será preenchida” e sobre o anestesista, que entregaria naquele dia o título ao primeiro médico formado em anestesiologia pela Santa Casa, Arrais disse que “nos últimos meses nos aproximamos muito, conversávamos mais e sua trágica morte também gerou muita comoção em todos nós”. Finalizou sugerindo aos formandos que “espelhem-se nestes dois grandes serem humanos e certamente serão profissionais reconhecidos pela competência e pela ética”.
Após a entrega dos títulos de especialistas pelos supervisores de cada residência e ao encerrar a cerimônia, o presidente do Coreme, Jorge Pelisson parabenizou os formandos “pela brilhante conquista, que a partir de agora colocam vocês em um patamar profissional diferenciado, não só no que diz respeito ao mercado de trabalho, mas, sobretudo, com certeza, em relação à aquisição de conhecimentos, habilidades e competências, na assistência aos pacientes, que são a essência e o objetivo maior de nossa profissão”.
Pelisson agradeceu a todos que trabalham na formação dos especialistas, aos que dão as condições para o trabalho e aos parceiros da Residências. E finalizou se dirigindo novamente aos novos especialistas, lembrando-os das conversas no início da formação, nas discussões de bioética: “exerçam sempre suas atividades tendo em mente os três princípios: beneficência do paciente, autonomia do paciente e equidade entre os pacientes”.
Nesta quarta turma foram formados nove novos especialistas, sendo que dois deles não compareceram, a cerimônia. Receberam seus diplomas no evento Raphael Oliveira (Anestesia), Hélio Emerich Neto, Gustavo Marcondes Correa (Cirurgia Geral), Thaís Terra Maia, Thaís Chab Campano Latorre (Clínica Médica), Fabiana de Bortoli Nogueira Tokunaga (Oftalmologia) e Maia Cristina Fazolin (Pediatria).

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