Segurança no campo

Publicado em 07 de novembro de 2018

Segurança-no-Campo-4A Polícia Militar vai trabalhar em duas frentes para tentar reduzir o número de furtos e roubos nas propriedades rurais de Paranavaí e região. Numa frente, a corporação vai retomar a aproximação com a comunidade rural e, em outra, vai buscar fortalecer os grupos de comunicação, especialmente através das redes sociais, entre a polícia e o homem do campo.

Estes foram os principais resultados do encontro realizado na tarde desta quarta-feira (07), no Sindicato Rural de Paranavaí, entre produtores rurais e representantes da PM. Estas duas ações começaram a ser executadas nos quatro municípios que pertencem a extensão de base do Sindicato: Tamboara, Nova Aliança do Ivaí, Amaporã e Mirador. O trabalho perdeu força, mas agora será retomado, inclusive com a participação de Paranavaí, sede do sindicato.

A reunião foi promovida a pedido dos produtores rurais, que estão preocupados com o número de furtos e roubos de tratores, equipamentos e até gado.

Em março, o Sindicato doou ao 8º Batalhão quatro aparelhos de telefone celular para ser usado pelos destacamentos da PM nos municípios da extensão de base do Sindicato, visando contribuir com o policiamento preventivo rural. O Sindicato custeia o plano de telefonia com internet para a transmissão de dados, especialmente fotografias.

Nesta quarta-feira, o capitão Ricardo Cesar Gral, comandante da 2ª Companhia do 8º Batalhão, que representou o Comando da corporação, destacou a parceria que já vem sendo realizada entre a PM e o Sindicato e propôs o fortalecimento do trabalho, especialmente com o compartilhamento de informações.

O oficial disse aos produtores que para uma ocorrência é preciso que se forme o que chama de “triângulo do crime”: o criminoso, a vítima e a oportunidade. “O que precisamos fazer é atuar para reduzir as oportunidades”, disse Gral, que reconheceu que houve nos últimos anos um aumento da criminalidade e na outra ponta uma redução do aparato policial. “Não há porque esconder isso, embora nos últimos anos o governos tenha feito contratações, mas insuficientes para atender a demanda”, disse Gral.

Ele informou que, em março, quando recebeu os celulares para o trabalho da PM dos quatro municípios foi iniciado também um trabalho de aproximação com a comunidade rural. Mas esta ação acabou sendo interrompida e agora será retomada. Nas visitas às propriedades rurais, a PM busca informações para facilitar seu trabalho, deixa o número do telefone celular para chamadas (além do 190) e passa a ser familiarizar com as rotas rurais, complexas pela sua capilaridade. Este trabalho agora será feito também na área rural de Paranavaí.

CRESCEU O ROUBO – O comandante reconheceu também que nos últimos três anos, entre 2015 e 2017, houve nos 11 municípios da 2ª Cia, um aumento no número de roubos, que são as ocorrências em que há violência, uso de armas etc. Embora afirme que “o cobertor é curto”, referindo-se ao pouco efetivo e à necessidade de dividir o contingente com o ambiente urbano, onde a necessidade é maior ainda, Gral disse que este ano há uma tendência de queda deste tipo de ocorrência.

“Precisamos de informações”, sentenciou o capitão Gral. É com base em informações que são definidos os planos de ação. Se a vítima de um roubo não registra na Polícia, o fato não existe nas estatísticas, que são a base para ações e investimentos policiais, explicou ele. Informações de pessoas e carros suspeitos e placas de veículos estranhos ajudam o trabalho de policiamento preventivo.

Os produtores rurais informaram, por sua vez, que as rondas tem papel importante para levar tranquilidade ao campo. Ainda que não prenda ninguém, as rondas inibem a ação dos marginais.

O presidente do Sindicato Rural, Ivo Pierin Júnior, conclamou os produtores a participarem mais nas questões que envolvem a segurança pública, estimulando a formação e participação de grupos de whatsApp por exemplo, com a participação da PM.

Esta é a mesma opinião do capitão Gral, que lembrou que o artigo 144 da Constituição Federal diz que a segurança pública é dever do Estado e direito e responsabilidade de todos. “Este ‘todos’ é muito importante”, reforçou o PM.

 

 

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