Nepotismo

Publicado em 05 de janeiro de 2013

Devido aos questionamentos feitos por e-mails e em comentários aqui, vale à pena fazer, ainda que resumidamente, o seguinte esclarecimento:
A legislação que rege a participação de parentes num governo, seja ele municipal, estadual ou federal, dá ampla liberdade para o primeiro escalão. Tanto é assim, que o governador Beto Richa nomeou sua esposa e o irmão como secretários. No Governo Federal, o casal Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo (cônjuges) faz parte do Governo da presidente Dilma. Em Curitiba, o prefeito Gustavo Fruet nomeou sua irmã Eleonora como secretária. Em Paranavaí, Cida e Márcio Gonçalves (marido e mulher) foram nomeados secretários pelo prefeito Rogério Lorenzetti.
O chefe do Executivo não pode nomear parente seu para escalões inferiores. E não pode haver parentesco entre um membro do primeiro escalão e outro de escalão inferior.
Isto esclarece porque a nomeação de Cida e Márcio Gonçalves não esbarra na lei e já a participação do ex-vereador Everaldo Tatinha Avelar e seu irmão Reginaldo no Governo Municipal ensejaria uma ilegalidade.
Certo ou errado, o fato que assim é a lei.

Alda - 391x69

3 comentários sobre “Nepotismo

  1. A questão do nepotismo é uma faca de dois legumes.

    Os artistas bradam contra, mas na tevê, acontece dentro e fora da telinha.

    Nas empresas, é comum o Pereira e Filhos e tem um produto que alardeia: De pai para filho desde ….

    Mas é baita a responsabilidade dum gestor que nomeia parente. O cara simplesmente não pode mijar fora do penico, como aconteceu recentemente com um ex-governador cujos irmãos eram escrachados pela Imprensa – Casos dos dólares no guarda-roupas e das tevês-laranjas, entre outros.

    Em 1992, eu era presidente-interventor do PMDB em Santa Isabel do Ivai. O cargo de chefe da Ciretran vagou, minha irmã, a Clarice trabalha lá e manja de tudo e dorme com a camisa do órgão (epa?). Eu poderia pedir a sua nomeação, sem ao menos reunir o diretório, pois eu era interventor. Excesso de zelo – prá não dizerem que eu me aproveitei do cargo prá favorecer a família, indiquei um rapaz, que momento seguinte, se aliou a outro funcionário e mandaram um calhamaço pro governo, maldizendo a mim e a minhã irmã – Um monte de inverdades, prá não dizer, mentiras, calúnias e difamação. Tenho cópia de tudo aqui em casa.
    Dai, razão ao Ditado: Primeiro os meus! Depois os teus, Mateus!

    Desde que o familiar (detesto este termo, como detesto no boteco alguém se referir à dona da pensão como esposa. No buteco é “minha muié”. Esposa é no discurso, na apresentação formal, solene).corresponda e não decepcione.

    Pura frescura essa bronca com o nepotismo (de Nepos, sobrinho),prática iniciada no Brasil, pelo primeiro jornalista da nossa História, Pero Vaz de Caminha que, numa carta se reportando ao Rei de Portugal, o descobrimento (?), já se aproveitou para pedir emprego prum parente.

    Eita, ferro!.

    .

  2. Disse o Apóstolo Paulo, dos cristãos: “Tudo me é lícito, mas, nem tudo me convém”.
    Para aqueles dotados do mínimo de sabedoria está claro o que Paulo em sua carta aos Corintios quis dizer. Isso vale também para a política, ou será que isso é balela, bom, eu prefiro acreditar que esse pensamento deve prevalecer!

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