resgatar a representatividade política da região

Entusiasmado com a Convenção Estadual do PSD, realizado no último sábado em Curitiba, no Paraná Clube, com a presença de mais de três mil pessoas, que referendou o nome do deputado estadual Ratinho Júnior como candidato ao Governo e o seu para a Câmara Federal, o ex-prefeito de Paranavaí, Rogério Lorenzetti, disse nesta segunda-feira (23) que está feliz pela possibilidade de resgatar a representatividade política de Paranavaí e região em Brasília. A eleição do último deputado federal com domicílio eleitoral em Paranavaí (Dionísio Dal-Prá) aconteceu em 1986.
“É uma missão e encarar ela é um ato de coragem, porque não é fácil virar deputado federal, a votação tem que ser grande. Tem que ter uma área geográfica de campanha muito grande, é oneroso, trabalhoso, mas estamos fazendo tudo certinho. O dever de casa eu estou fazendo e tenho certeza que a população dará o respaldo necessário para que possamos chegar lá”, disse ele. Informa que vem trabalhando em 150 municípios do Estado. A coligação liderada pelo PSD espera eleger entre oito e dez deputados federais.
O otimismo vem da constatação que a população está pedindo renovação, “não apenas dos quadros políticos, mas das práticas políticas. O país vive um momento em que os políticos perderam a credibilidade. População está a busca de novas perspectivas para que ela possa realmente organizar a sua vida. Estas perspectiva tem que ser dada por pessoas que tem conhecimento e para propor as mudanças que serão benéficas ao país”.
VAI MOSTRAR A GESTÃO – Para conquistar a vaga de deputado federal, Lorenzetti vai apresentar o trabalho que fez durante sua gestão como prefeito de Paranavaí (2009-2016). Diz que a cidade está bem e que em seu último ano de gestão, Paranavaí foi considerada a terceira melhor do Paraná é a 18ª do Brasil, no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, que avalia a performance do município nas área de saúde, educação e emprego & renda. “É o resultado de uma ação de governo muito bem feita por uma equipe competente, que colocou a cidade na condição de alto desenvolvimento”, lembra.
“Aquilo que nós fizemos na Prefeitura deve ser levada para as demais cidades brasileiros. Por isso a minha vontade de estar no Congresso Nacional, representando o Paraná e fazendo leis para o Brasil, porque sei que tenho condições de ajudar as cidades brasileiras”, reforça.
Rogério diz que é possível ajudar outras cidades a ter o mesmo desempenho de Paranavaí na sua gestão. “É possível ajudar porque isto depende basicamente de normativas legais, da burocracia, de planejamento que terá que ser feitos pelas cidades. Isso tudo poderá ser melhorado através de leis específicas. O Brasil hoje é um país travado. Tudo depende de muito papel, muita burocracia, os impostos são muito altos. E isso só muda lá no Congresso Nacional”, enfatizou.
Lorenzetti disse a eleição deste ano é a oportunidade “imperdível” para Paranavaí e região resgatar a representatividade política e aponta dois motivos para isso: “Primeiro, porque os atuais deputados estão com um desgaste muito grande”, o que abre espaço para os novos. “Segundo, existem poucos nomes como o meu, um prefeito recém saído da administração que conheceu e viveu a administração pública, que se relacionou muito bem com o governo federal, o estadual e instituições financeiras públicas”. Para ele, esta experiência permite “que eu possa, no Congresso Nacional, estar representando bem as cidades do Paraná e ajudando a fazer leis que beneficiam todas as cidades brasileiras”.
MUITAS IDEIAS – Eleito, Rogério já tem prioridades para sua atuação. “Temos muitas ideias, principalmente para a saúde, que é uma área que existe uma demanda muito grande. Queremos o Paraná bem servido na área da saúde pública; a educação tem que receber atenção especial, principalmente a infantil, pré-escolas, creches, como fizemos aqui em Paranavaí. E temos que fazer muitas obras de infraestrutura. As cidades brasileiras tem problemas de toda ordem na infraestrutura”.
Para que os problemas sejam resolvidos, aponta o ex-prefeito, “basta o governo abrir mão de parte da sua arrecadação e transferir para os municípios. A coisa acontece é no município. É lá que está o cidadão. As autoridades que podem ouvir o cidadão primeiro são os prefeitos e vereadores. Só que se eles não tiverem recursos, como vão resolver os problemas da comunidade?”.
Defendendo a criação de mais cursos de medicina no país (“o país precisa de mais médicos”), Rogério mostrou preocupação também com o sistema de transportes. “Temos que melhorar as rodovias e a mobilidade urbana, promover a integração dos vários modais, como rodovia, ferrovia, hidrovia e o transporte aérea. Temos que interligar estes sistemas para dar mais mobilidade ao cidadão. O Brasil hoje está centrado no transporte rodoviário e isso é muito perigoso inclusive”.
Para o escoamento da produção agrícola (e industrial), o ex-prefeito lembrou que “existe uma ferrovia planejada para o Brasil norte-sul. Trajeto inicial passava por Nova Esperança, agora está indo para o Mato Grosso do Sul, entrando no Paraná via Guaíra. Afastando-se da nossa região. (…) Vamos fazer uma ação política, claro que baseada em critérios técnicos”.
“Boa parte do custo Brasil se deve ao valor que se paga no frete para poder chegar o produto até o mercado consumidor no Brasil ou exterior. Defendo que se mantenha o projeto original que passava por Nova esperança e cortava o Paraná por esta região. Se isso não puder ser feito que tenha pelo menos os terminais de forma que os municípios do norte e noroeste possam estar escoando sua produção também pela ferrovia norte-sul”, concluiu ele.