Richa indicou ex-diretor para Uega

Publicado em 12 de julho de 2018

Fábio Campana
Rafael Moro Martins escreveu matéria publicada pelo jornal Valor Econômico que versa sobre o “principal responsável pelo investimento que foi baixado do balanço da Copel, Erlon Tomasi, diretor financeiro e administrativo da Uega por seis anos, é pouco conhecido nos bastidores do poder paranaense.
Deputados estaduais do governo e da oposição e fontes na Copel atribuem a nomeação de Tomasi ao cargo que ocupou entre 2011 e 2017 ao sogro dele, Nestor Batista, um radialista tornado político que ocupa o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) desde 1989 – foi indicado pelo então governador Álvaro Dias, atualmente pré-candidato a presidente pelo Podemos.
“Ninguém aqui tem ideia se [Tomasi] é gordo, magro, velho, novo. Eu só sei que é genro do Nestor Batista”, disse ao Valor, sob a condição de anonimato, um deputado estadual que foi importante aliado do ex-governador Beto Richa, do PSDB. Principal acionista da Copel, o Estado, comandado por Richa, determinou que a estatal indicasse Tomasi para ser diretor da Uega.
“É o usual. O conselheiro indicou o genro, o governador atendeu. O Brasil funciona assim, né?”, ironizou o parlamentar. A experiência profissional listada no Linkedin se resume a cargos públicos de indicação política. De 2004 a 2008, ele foi diretor do gabinete do sogro no TCE. Saiu dali em agosto de 2008, quando o Supremo Tribunal Federal publicou a súmula vinculante número 13, que proibiu o nepotismo no serviço público.

Em janeiro de 2009, foi nomeado diretor administrativo financeiro da Curitiba S.A., uma empresa de economia mista da administração municipal – à época, Beto Richa era prefeito. Ali, Tomasi ficou até fevereiro de 2011, quando foi indicado à direção da Uega.

Antes de iniciar sua trajetória por cargos de nomeação política, que coincide com o relacionamento com uma filha de Nestor Batista, Tomasi administrava uma oficina mecânica que pertence à família dele. Em 2014, quando ainda era diretor da Uega, Tomasi doou R$ 30 mil, pagos em cheque, à campanha de reeleição de Beto Richa.

A doação, legal, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral. Procurado, Nestor Batista respondeu, via assessoria, que não comentaria o caso, “do qual não é parte”. “Quem pode dar explicações é a própria Uega ou o seu ex-diretor”, disse o comunicado.

Flávio Chiesa, que era diretor técnico da Uega na época de Tomasi, também foi afastado da subsidiária, subsidiária, mas segue na Copel, onde é funcionário de carreira desde o fim dos anos 1990. Pelo que o Valor apurou, ele não participava das decisões de investimento da empresa, embora assinasse documentos em conjunto.”

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4 comentários sobre “Richa indicou ex-diretor para Uega

  1. Seguindo a Chefia desde a Prefeitura… caso antigo de amor, pelo visto. À cada dia a corrupção sistêmica do governo do PSDB no Paraná fica mais explícita.

    • Olha que engraçado que é a petezada defensora de criminoso condenado: nos outros partidos têm corrupção. Quando pipocam corrupção vergonhosa e sistêmica no PT, daí é mentira da mídia. A petezada não tem conserto.

      • Imparcialidade mesmo é a de um certo desembargador empregado do PT por 20 anos. Ou a imparcialidade de um estagiário empregado do PT por mais de 15 anos e hoje Ministro do sPTf. Essa petezada adora passar vergonha.

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