Informação divulgada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) mostra que a audiência pública realizada ontem à tarde, no Centro de Eventos, teve baixa participação popular. Talvez tenha sido uma resposta da população ao fato de a Prefeitura ter levado para audiência pública um assunto já definido, que será a aplicação dos R$ 17 milhões liberados pelo Governo do Estado – R$ 12 milhões de financiamento e R$ 5 milhões a fundo perdido.
A notícia distribuída pela Prefeitura fala que “a audiência reuniu moradores de diversos bairros da cidade, mas não atingiu o número esperado de pessoas” e que o deputado Tião Medeiros lamentou que “infelizmente não tivemos um grande número de pessoas”. Além disso, nas fotos distribuídas a imprensa não aparece de jeito nenhum o plenário, só o local onde se posicionaram as autoridades.
Em outro trecho da matéria, dá a sensação que a audiência foi realizada para cumprir uma etapa legal do processo: “Realizada a audiência pública, agora a prefeitura vai enviar os projetos para aprovação da Câmara de Vereadores”. E aí surge outra dúvida: é que os vereadores já começam a votar amanhã a autorização para o financiamento. A audiência tinha que ser realizada antes da votação?
O material da Prefeitura deixa claro que não foi uma audiência (ouvir a população para tomar decisões), mas um ato para tirar dúvidas, dar informações sobre o decidido. O fato é que, talvez, a população tenha respondido com sua ausência a um ato em que sua eventual sugestão não alteraria nada, que seria apenas informada das decisões.
Os R$ 17 milhões serão divididos da seguinte forma: R$ 9 milhões para recape asfáltico nos jardins São Jorge, Populares do São Jorge, Simone, Oásis, Ipê, Morumbi e distrito de Sumaré; R$ 3 milhões para fazer a duplicação (com ciclovia) da rodovia que dá acesso aos três novos conjuntos (saída para Tamboara); R$ 3 milhões para compra de máquinas e equipamentos para a Secretaria de Infraestrutura; e R$ 2 milhões para a pavimentação dos jardins Jequitibá e Vista Alegre.