O projeto de duplicação da BR-376 entre Paranavaí e Taquarussu (MS) será apresentado na próxima segunda-feira ao governador Beto Richa, deputados estaduais e federais do Paraná e outras autoridades. A apresentação será às 10 horas no Plenarinho da Assembleia Legislativa.
A informação foi dada na tarde desta terça-feira (08) pelo presidente da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar), Fran Boni, prefeito de Santa Cruz de Monte Castelo. “Vamos fazer ao governador Beto Richa a mesma apresentação que fizemos no mês passado ao governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja. Já fizemos a apresentação no DER e agora será diretamente ao governador”, anunciou ele.
“Este é um sonho antigo da região, tanto do lado do Paraná, como do Mato Grosso do Sul. Quanto estive lá para a apresentação do projeto, fiquei sabendo que em Taquarussu tem um museu que tem um projeto de 45 anos atrás prevendo a ligação com o nosso Estado por Porto São José”, disse Boni.
Segundo o presidente da Amunpar, o projeto de duplicação realizado por técnicos e que teve a mobilização da sociedade civil foi levado “para dentro da Amunpar para a mobilização e a discussão política. Continuam juntos os parceiros, as cooperativas, a universidade, enfim todos que já vinham tratando do assunto. Não há como avançarmos se não tivermos o apoio político dos governos dos dois estados”, assinala.
Além desta apresentação em Curitiba, uma outra está pré-agendada para quinta-feira da próxima semana, em Maringá, ao ministro Maurício Quintella, dos Transportes e a diretores do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Esta audiência para a apresentação do projeto está sendo intermediado pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que é de Maringá.
Boni reconhece que, com o atual cenário econômico não é fácil conseguir os recursos necessários (mais de R$ 800 milhões) para as obras desejadas. “Mas estamos falando em 2020, quando encerra a concessão da rodovia entre Paranavaí e Nova Londrina à Viapar. Aí temos duas possibilidades: o governo federal retomar a rodovia e num cenário econômico melhor executar a obra, ou fazer uma nova concessão já prevendo a duplicação”, diz o presidente da Amunpar, lembrando, no entanto, que o DNIT precisa começar a avaliar os projetos no ano que vem. “As análises e estudos dos projetos começa em 2018. Então temos que realizar um trabalho constante e de continuidade para viabilizar este sonho”, adverte o prefeito.
BENEFÍCIOS – Fran Boni disse que a duplicação do lado paranaense já será um grande benefício para a região de Loanda, Santa Cruz de Monte Castelo e Querência do Norte. “A soja está entrando firme ali. E a duplicação daria maior facilidade de escoamento”, diz ele. Também vê benefícios para Porto Rico e São Pedro do Paraná. “Vamos atrair os sul-mato-grossenses para as nossas áreas de turismo, para as nossas belezas naturais”, lembra o prefeito.
Boni também cita o encurtamento de 80 quilômetros entre Campo Grande e a região, em relação ao trajeto por Rosana (SP) e ainda diz que haverá o fortalecimento do Porto de Paranaguá e do Porto Seco em Maringá. “O ministro Ricardo Barros está mobilizando as forças de Maringá para também apoiar este projeto, pois a cidade também será muito beneficiada através do Porto Seco”, arremata o presidente da Amunpar.