Vargas sofre mais uma condenação

Publicado em 06 de abril de 2017

O ex-deputado federal parananese André Vargas, que teve forte influência no PT de Paranavaí, foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, a quatro anos e meio de reclusão, inicialmente em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro. A sentença foi publicada hoje no sistema da Justiça.
Na sentença, Moro lembra quer “o condenado recebeu propina não só no exercício do mandato de Deputado Federal, mas também da função de Vice–Presidente da Câmara dos Deputados, esta entre os anos de 2011 a 2014, período que abarca os fatos objeto desta ação penal (maio a novembro de 2011). A responsabilidade de um Vice-Presidente da Câmara é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. A vetorial personalidade também lhe é desfavorável. Rememoro aqui o gesto de afronta do condenado ao erguer o punho cerrado ao lado do então Presidente do Supremo Tribunal Federal, o eminente Ministro Joaquim Barbosa, na abertura do ano legislativo de 2014, em 04/02/2014, e que foi registrado em diversas fotos”.
De acordo com a denúncia, André Vargas, a esposa dele Eidilaira Soares Gomes, com o auxílio do irmão, Leon Vargas, teriam adquirido, com recursos criminosos, um imóvel Londrina. Ela foi absolvida da acusação do crime de lavagem de dinheiro. Leon foi condenado a três anos de reclusão em regime aberto.
A compra da casa teria sido feita por valor inferior ao preço real, ocultando e dissimulando o emprego de R$ 980.000,00, de origem criminosa, utilizados na compra do imóvel. Os réus também teriam utilizados expedientes escusos para dificultar o rastreamento dos recursos utilizados na aquisição, como a realização de depósitos elevados em espécie, sem identificação do depositante, e mesmo a utilização de pessoa interposta, segundo a denúncia.
Preso desde abril de 2015, André Vargas já é condenado a mais de 14 anos de prisão em outra ação da Lava Jato e re4sponde a um terceiro processo, onde, junto vom outras pessoas, o ex-deputado é acusado de lavagem de capitais, mediante simulação de contratos de consultoria, através da IT7 Sistemas Ltda, com o fim de ocultar e dissimular a natureza, origem e movimentação de valores provenientes dos crimes de corrupção pela contratação da IT7 pela Caixa Econômica Federal através do pagamento de propinas a André Vargas e agentes ligados ao banco público.
Segundo o MPF, um total de R$ 71,3 milhões de reais foi movimentado pelo esquema, valor total do contrato firmado entre a Caixa e a IT7 para aquisição, licença e manutenção de sistema de softwares, que, segundo a investigação, ocorreu sem justificativa técnica, como também apontou o Tribunal de Contas da União. (Com informações do Paraná Portal)

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