Nova legislatura, práticas antigas

Publicado em 28 de fevereiro de 2017

Os vereadores de Paranavaí realizam na próxima quinta-feira a quarta sessão ordinária da nova legislatura. A transferência de datas é por conta dos feriados de carnaval. Poucas matérias constam da ordem do dia para apreciação dos edis. Na verdade, um projeto de lei e um de resolução, três requerimentos e uma moção.
O projeto de lei é de autoria do vereador Claudemir (Irmão) Barini (PSC) e destina-se a dar nome de rua. O de resolução, de iniciativa da Mesa Diretora, é para autorizar a entrega de móveis ao Executivo. E a moção de aplauso, de autoria dos vereadores Leônidas Fávero Neto (PPS) José Galvão (PR) é para o Rotary Club Internacional, pela comemoração do Dia Internacional do Rotary, “tendo em vista os relevantes serviços prestados por essa entidade a Paranavaí”.

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Um comentário sobre “Nova legislatura, práticas antigas

  1. Vergonhoso a gente ver como esses vereadores, novos e reeleitos, não tem o menor pudor em justificarem mal o dinheiro público que seus mandatos custam ao erário, cumprindo atividades sem significância alguma para a cidade ou, como se diz popularmente, só para cumprir a tabela.

    Diante dessa triste constatação muitas perguntas surgem no ar.
    Será que todos eles, experientes ou debutantes, só se candidataram para ‘se arrumar’, para terem durante os próximos quatro anos uma ‘fonte mensal’ segura de ganho financeiro apenas, fechando totalmente os olhos da razão para o objetivo maior da edilidade que é primeiramente fiscalizar e acompanhar os atos do Poder Executivo, sobretudo pela boa gestão do erário?

    Será que não há dentre esses vereadores um ou dois pelo menos que tenham argumentos sólidos para convencimento dos demais colegas acerca da real noção de representatividade da sociedade que a função de edil representa?, que um vereador deve estar em constante contato com os bairros da cidade (e não apenas no centro!), sejam eles os de seus redutos eleitorais ou não, para ver-lhes e atender-lhes as necessidades de elaboração de leis específicas para esse ou aquele tema local que seja também de interesse geral?, ou propor ao executivo benfeitorias através de obras e serviços para os munícipes que ali residem?

    Moção de aplauso é iniciativa legislativa que vereador só deve fazer quando o evento seja de natureza notável, especialíssimo, singular mesmo! Fazer moção de aplauso por aniversário de entidades diversas e clubes de serviços é ‘tão relevante’ para a vida da cidade quanto tomar igual atitude em favor de um padre por rezar missas todos os dias na cidade, ou por um cidadão de bem que todas as manhãs sai para trabalhar, ou ainda pelo nobre ofício do coveiro que todo dia exerce ao sepultar alguém.

    Moção de aplauso como essa aí da notícia, de autoria de DOIS VEREADORES, nada mais é que uma atividade parlamentar com DUPLA INUTILIDADE para a cidade. Afinal, pretenderam os tais dois vereadores fazer média, agradar ou obter algum proveito de quem do tal clube de serviços?

    Ora, não subestimem nossa inteligência, caros vereadores! Verear não é só isso que vocês estão fazendo ou que ouviram dizer que seria!

    Por favor, passem a pensar como agentes políticos que foram eleitos para nos “representar” a todos da população no sentido real da expressão REPRESENTAR, que nada mais é que fazer as vezes de cada um do povo na Casa de Leis quando lá se encontre, como se a cada sessão todos os eleitores e não-eleitores da cidade lá estivessem elaborando, discutindo, aprovando ou não as iniciativas desse ou daquele vereador em favor do bem comum local. Isto é verear! Parem com as inutilidades, sejam mais observadores e criativos; estamos de olho em todos vocês!

    Por falar nisso, não pensem que nos esquecemos da notícia da ‘estranhíssima’ contratação radiofônica das sessões da Casa na gestão anterior… Isto sim é serviço de vereador, fiscalizar primeiro a própria Casa de Leis, antes que o façam o Ministério Público e o GAECO.

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