O jornalista Celso Nascimento, colunista político da Gazeta do Povo, especula que o senador Roberto Requião (PMDB) está agindo nos bastidores para viabilizar sua candidatura a reeleição. A idéia, diz o jornalista, é convencer Álvaro Dias (PV) a disputar o Palácio Iguaçu e Osmar Dias (PDT) e o próprio Requião disputando as duas vagas ao Senado. Seria a melhor opção para a oposição, avalia Nascimento.
Veja abaixo as ponderações do jornalista.
Requianice 1
O mandato de senador de Roberto Requião está no fim. Sabe que não tem chances de concorrer ao governo, embora venha espalhando suposta pretensão de disputar o cargo. Valoriza-se: quer mesmo é se reeleger senador – mas as dificuldades não são menores. Dependendo do destino que for dado ao comando do PMDB paranaense – do qual é presidente sub judice –, corre o risco até de lhe ser negada a legenda.
Requianice 2
Por isso, estaria agindo nos bastidores. Não combinou nada com os russos, mas acredita ser possível tirar da cabeça de Alvaro Dias (PV) a decisão de concorrer à presidência da República para disputar a sucessão de Beto Richa em 2018. A chapa, encabeçada por ele, seria completada por dois candidatos às vagas de senador – Osmar Dias e, claro, o próprio Requião.
Requianice 3
Seria, segundo raciocina, uma trinca invencível e palatável para o PMDB estadual (que não teria como não aceitá-lo como candidato) e para outros grupos de oposição ao governador Beto Richa. Este seria a primeira vítima ao perder a “escada” de Osmar Dias. Se Osmar deixar de ser candidato ao Palácio Iguaçu, Beto não teria onde se segurar, diz Requião aos mais próximos.
Requianice 4
O canto da sereia que Requião entoa para Alvaro contém um verso que agrada ao suplente dele, o empresário Joel Malucelli. Eleito governador, Alvaro daria a Malucelli a chance de ser senador por quatro anos. Detalhe: Malucelli é sogro do deputado João Arruda, sobrinho de Requião. Atenção: nenhuma das partes envolvidas confirma ter ouvido ou dado atenção ao projeto político de Requião – mesmo porque só interessa a ele.
Quem se lembra?
“Paraná Paraná… não pode parar oh oh oh… Álvaro.. Vai ganhar… Paraná Paraná vai votar…
Pô minha gente! Esse estado não suporta mais sempre os mesmos.
É um rodízio vicioso, um teatrinho de guerras onde somos marionetes e que depois os inimigos se abraçam em favor de interesses particulares.