As negociações políticas nas últimas semanas foram ainda mais discretas do que de costume. Passado o momento de euforia de lançamento de pré-candidaturas e de novas filiações, os partidos tentam agora viabilizar chapa de vereadores, montar chapa para o Executivo (prefeito e vice) e costurar apoios e coligações. Não é tarefa fácil.
Num momento em que a classe política anda em descrédito (o que afugenta alguns potenciais candidatos), a legislação cada vez mais dura (basta um erro técnico para que o agente político responda com seu patrimônio pela incorreção involuntária), uma crise política sem precedentes que não dá segurança ao sistema eleitoral, os altos custos de uma campanha eleitoral (que em Paranavaí é mais cara por ter um canal de televisão, que obriga a contratação de produtora de TV) e o ambiente político completamente desfavorável, não está fácil para nenhum partido bater no peito e dizer que está com chapa completa. Aliás, algumas lideranças até falam, mas na maioria das vezes é blefe.
Por isso, os partidos fazem as contas do número de candidatos que podem dispor, quanto consegue arrecadar para tocar uma campanha eleitoral (está proibida a doação por pessoas jurídicas) e começa a negociar com eventuais parceiros eleitorais. Na surdina, nos bastidores dos bastidores.