Além de fato inédito na história da República, a prisão do senador em exercício de mandato Delcídio Amaral (PT-MS) estremeceu as bases, não só do Senado, mas do Congresso Nacional. O conteúdo da gravação que motivou a ordem de prisão, com a citação do nome de alguns ministros do Supremo, do Vice-presidente e da própria Presidente da República provocou desconforto e “justificativas”, o que não é habitual. Diante disso, o próprio STF blindou-se, preparado para o enfrentamento, seja em razão da necessidade de impedir a pressão contra as investigações da operação Lava jato, ou da preservação do papel e da imagem do Supremo.
Até mesmo quem apostou que os senadores, e de modo especial, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), baseados no 53º artigo da Constituição, fossem “flexibilizar” a situação de Amaral se surpreendeu. Por 59 votos a favor e 13 contrários foi mantida a decisão do Ministro Teori Zavascki.
Estes novos fatos, intrigantes e surpreendentes, causaram perplexidade a toda a classe política e ao próprio povo brasileiro, não familiarizados com esta “prática”.
A cúpula do PT, mais uma vez “tirou o corpo fora” e, através do presidente Rui Falcão, afirmou que o Partido não compactua com os fatos e atos e não dará apoio ao Senador. Nenhuma novidade. Prática costumeira nos últimos tempos.
A votação, aberta, sob protestos de muitos, é esclarecedora. Saiba que votou a favor da libertação de Delcídio Amaral:
Telmário Mota (PDT), Roberto Rocha (PSB), Ângela Portela (PT) Donizeti Nogueira (PT), Gleisi Hoffmann,(PT), Humberto Costa (PT), Jorge Viana (PT) José Pimentel (PT), Lindbergh Farias, (PT), Paulo Rocha (PT), Regina Sousa (PT) e Fernando Collor (PTB).
por: o Taturana