Cidade Poesia

Publicado em 22 de novembro de 2015

Publicado originalmente no Diário do Noroeste
“Se eu gosto de poesia? Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate, vinho, papos amenos, amizade, amor. Acho que a poesia está contida nisso tudo” (Carlos Drummond de Andrade)
Uma cidade se destaca por uma atividade, característica ou evento. Nossa querida Paranavaí tem um festival, de alcance nacional, que desde meados dos anos sessenta vem promovendo os talentos de todo o país.
Na sua quinquagésima edição o troféu Natividade, carinhosamente apelidado de “Barriguda”, recebeu a coloração dourada em comemoração à data. Foi uma festa memorável produzida pela nossa Fundação Cultural com o apoio de diversos patrocinadores e parceiros, além da incansável e laboriosa comunidade cultural da nossa cidade.
Por lá passaram artistas de diversas regiões do Brasil, além dos talentos locais, sempre com belas obras, selecionadas por uma comissão de alto nível representada por pessoas que atuam na área cultural.
A poesia tem sido um bálsamo à nossa alma desde o início dos tempos que o homem se comunica. Antes mesmo da escrita, diversas formas de expressão na música ou declamação têm permeado a existência da humanidade, criando arte que as pessoas apreciam, através de obras que exprimiram o melhor da sensibilidade humana.
No mundo conturbado que vivemos, a cidade se transforma num oásis de beleza e paz através dos artistas que demonstraram nos textos, músicas e apresentações, seu talento. Além do lazer ofertado aos que assistiram, o festival contribui para a divulgação e preservação da cultura brasileira no que temos de melhor nesta área.
Com o advento do Femupinho, que iniciou neste período administrativo, pudemos estender às crianças das escolas municipais, a possibilidade de iniciar nesta área do conhecimento com belas apresentações preparadas pelos professores e alunos que participaram.
Esta edição do FEMUP, considerado agora por lei municipal como patrimônio imaterial da cidade, foi memorável pela comemoração do seu jubileu de ouro e pela qualidade da organização. Realizada pela nossa Fundação Cultural, fez valer novamente o título de “Cidade Poesia”. Nossa querida Paranavaí destacando-se mais uma vez.
por Rogério Lorenzetti

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4 comentários sobre “Cidade Poesia

  1. Tudo é poesia, cantos, música etc, etc etc. Afinal de contas quanto foi gasto? O País ta numa pindaíba que da dó, não é mesmo? Ta sobrando dinheiro em nossa cidade?

    • Sr. cezar, por anos achei que sua maneira de expressão era exercício de compartilhamento de suas opiniões, mas vejo, de forma respeitosa, que criticar a valorização da ciência das Belas Artes e da Cultura em Pvaí, lhe torna vitimado por disabstração. Como leitor humilde que sou, me assombro ao vê-lo buscar culpa em um evento tão rico e tão enobrecedor para todos.

      O FEMUP aos seus 50 anos de bem existir, atravessa fronteiras, para cativar as almas sedentas da boa água dos versos dos Poetas e Poetisas de Terra Nossa.

      E por versos, prosas e trovas dos cantadores da simplória paixão pela vida, talvez tenha eu, tanço, aprendido aqui, neste cantinho ou no sábio cansaço de quem me ensinou das Veredas dos Grandes Sertões, o significado bruto dos versos do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, que me parecia uma carta sem destinatário, parecia…

      ” O ANALFABETO POLÍTICO ”

      O pior analfabeto
      é o analfabeto político.

      Ele não ouve, não fala;
      nem participa dos acontecimentos políticos.

      Ele não sabe que o custo de vida,
      o preço do feijão,
      do peixe,
      da farinha, do aluguel,
      do sapato e do remédio
      dependem das decisões políticas.

      O analfabeto político é tão burro
      que se orgulha e estufa o peito,
      dizendo que odeia política.

      Não sabe o imbecil que,
      da sua ignorância política
      nasce a prostituta,
      o menor abandonado, o assaltante
      e o pior de todos os bandidos:
      que é o político vigarista,
      pilantra, o corrupto
      e lacaio dos exploradores do povo.

  2. Dinheiro bem empregado. Paranavai recebe artistas de vários estados que derramam ai, o caldo dos seus saberes, além de oportunizar o estrelamento de bons de versos, de contos – o meu A Peroba vive, em 2010, por exemplo – e de cantos, de afinações e arranjos mil.
    Dinheiro bem empregado. Para sustentar o título de sede do melhor festival do Brasil.
    Vida eterna para o Femup de Paranavai

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