Neurocirurgião; querem resolução utópica

Publicado em 28 de outubro de 2015

Sabemos bem a falta desse profissional da medicina, mas vamos olhar com os olhos da razão e deixar de lado, aos de boas intenções, as invencionices.
Um neurocirurgião em Paranavaí seria um robô, mas a necessidade, que não é da competência nem do Prefeito Rogério José Lorenzetti e nem do Secretário Municipal de Saúde, Agamenon Arruda de Souza, é sim de UMA EQUIPE DE NEUROCIRURGIA.
Peço a reflexão dos leitores(as) para compararem ‘pseudos-clamores eleitoreiros’ e a real necessidade. É sim necessário, mas faz-se vistas grossas ao viável, e aplaudem alguns o inviável, apenas pela soberba da futrica mal feita, mal intencionada. A competência das especialidades médicas não é municipal, mas sim estadual, e na alta complexidade (que envolve sim a neurocirurgia), é da União.
Mesmo que fosse um gesto, como os constantes da atual administração do município, de contratar um neurocirurgião, fica clara a pergunta; salva-se uma vida por mãos desse profissional, salvam-se dez vidas, mil. Porém, no dia em que ele resolver que tem direitos de dormir, repousar, ou de sair com sua família, e um paciente morrer por conta de sua ausência, aí ele será chamado de homicida e as pedras serão atiradas nos gestores da coisa pública.
A alta-complexidade salva vidas, mas desde que se sigam princípios de ética; então só UMA EQUIPE e leitos disponíveis em U.T.I. 24 horas por dia, fazem realmente existir socorro aos aflitos das algias em seus familiares, dentro do município de Paranavaí.
Aqueles vitimados por traumas que necessitam dessa especialidade, não podem esperar o profissional voltar do pesque-pague ou do supermercado. E historicamente são casos de cirurgias que demandam horas e horas, e há indiscutível necessidade de disponibilidade da extensão do treinamento de traumas crânio-encefálicos e seus derivativos no pós-operatório, em U.T.I. e em unidade semi-intensiva também.
Empenho deverá então existir para a criação e sustento dessa EQUIPE, mas aí teremos mais um caso feito o SAMU, em que o calote a ele é modo normal e a cobrança recai sobre nosso município, por ser sede regional.
É público que nosso deputado estadual já solicitou tal pleito ao Governador. Cobremos então os reais devedores.
Gabriel Esperidião Neto

Alda - 391x69

7 comentários sobre “Neurocirurgião; querem resolução utópica

  1. Parabéns Gabriel, só os pacientes sabem o sofrimento que é fazer política com a saúde pública. Demagogia mata pessoas, o desrespeito para os portadores de doenças especiais além de matar também causa traumas. Queremos políticos que tenham o compromisso com a população, que cobrem a quem de direito tem a competência. Paranavaí hoje já avançou em muito dentro da saúde pública, devemos cobrar de nossos representantes a responsabilidade de cada um, dentro do SUS. O seu artigo é o retrato dentro de Paranavaí, e ninguém melhor do que você para escrever sobre o assunto.

  2. qual é a função de um secretario de saúde, para que serve se não para cuidar e administrar a saúde de um município. dizer que nao é responsabilidade do municipio é fácil, tirar a responsabilidade e passar para outros tem acontecido todos os dias na saude de paranavai. então para que serve um secretario se não tem responsabilidade, é só pelo salario e que se dane o povo. paranavai está deste jeito na saude. é uma vergonha

  3. A Elisete mandou bem: razão e o Luciano também.
    Mas o que está acontecendo mais uma vez é o dedo podre deste babaca que se intitula “eleitor atento” tentando desqualificar o trabalho e desgastar a imagem de um dos nossos agentes.

  4. Desqualificar trabalho? Desgastar imagem? Seu baba ovo!
    Seu (…)! A população desta cidade está sem neuro e você defendendo incompetentes e oportunistas!
    Vai pra Maringá consultar um neuro a fim de voltar a REALIDADE.

  5. é muito triste como cidadão que paga impostos e vive segundo manda as leis, quando precisa de uma especialidade médica ter de correr para outra cidade para atendimento.
    se é competência do governo estadual, federal ou municipal não interessa!
    se pensar assim não existiriam entidades filantrópicas, pois se o governo provesse dignidade ao povo não haveria necessidade das entidades.
    mas o empurra empurra é cada vez maior, vergonhoso!!!!

Deixe uma resposta para Luciano Leandro Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.