É necessário reconhecer que o sistema binário trouxe uma nova dinâmica, com mobilidade considerável para o trânsito de Paranavaí. Melhorou substancialmente o fluxo de veículos que trafegam pelas Avenidas de nossa querida Cidade. O paisagismo, através das vias mais amplificadas, que era ultrapassado, também obteve ganhos significativos. Num primeiro momento, houve uma total desconfiança e relutância em relação às mudanças por parte da comunidade. Todavia, após a implantação ficou evidenciado que as medidas, adotadas pela atual administração e seus técnicos, foram acertadas.
Contudo, é preciso avançar ainda mais! É perfeitamente possível sonharmos com um anel cicloviário em nossa Cidade. Sugestão: Porque não passar pelos canteiros centrais da Avenida Parigot de Souza, contornando pela Avenida Tancredo Neves, retornando pela Lázaro Vieira e finalizando na Distrito Federal? A interligação pela Rio Grande do Norte, aos finais de semana, formatando o anel, poderia ser feita com sinalização móvel, como é feito em outras cidades, cujas ruas não têm o canteiro central. A implantação não demandaria grandes recursos e seria uma excelente fórmula de estímulo ao exercício físico.
Indo mais além. Como as boas medidas podem ser copiadas, o Município poderia se valer de campanhas muito bem sucedidas em outras cidades Brasileiras tais como: “Pé na faixa, pé no freio” e implementar com firmeza em nossa Cidade. Essas medidas, com o envolvimento de toda comunidade, a exemplo de outras cidades brasileiras, obtiveram resultados fantásticos, cujas campanhas de conscientização, reduziram significativamente as mortes no trânsito, sejam acidentes ou atropelamentos.
É sintomático afirmar que, o cidadão brasileiro, em questões de trânsito (não me eximo de responsabilidade), tem muito que aprender. A conscientização tem que ser enfrentada todos os dias. Não podemos ficar silentes, sem providências, diante da grande quantidade de acidentes, com pessoas mortas e mutiladas todos os dias. A violência no trânsito impacta diretamente a própria economia brasileira. São mais de 40 mil mortes provocadas por acidentes de trânsito todos os anos. O custo social destes acidentes, segundo o instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ultrapassou 30 bilhões de reais nos últimos três anos. Na realidade, todos perdem!
Além disso, o próprio Departamento Nacional de Trânsito informa que mais de 11 mil pedestres por ano são vitimados. Os mais vulneráveis são as crianças e idosos. As crianças têm menor percepção do perigo, ao passo que os mais velhos menos mobilidade e agilidade. Os dados são alarmantes!
Sou contrário a colocação de radares escondidos, tentando pegar o infrator de surpresa, gerando a famigerada indústria das multas, sem que efetivamente se inicie um longo processo educacional. Não adianta atacar o efeito, sem que haja investimento na causa do problema.
É fato que o processo educacional deveria começar cedo. Infelizmente, ao contrário de outros Países, são raras as escolas que lecionam lições de cidadania. É forçoso reconhecer que nos dias atuais nos defrontamos com um total e completo desrespeito dos motoristas às regras de trânsito. Acredito que seja muito mais pela ausência de conscientização, do que pela própria punição. Urge uma mudança de comportamento, principalmente diante da nova realidade que assistimos. Nem vamos adentrar no campo da responsabilidade civil, com as aplicações de indenizações vultosas na eventualidade de se atropelar um pedestre na faixa. Além do trauma psíquico, vai doer no bolso!
A sociedade está preocupada com este tema. É preciso uma campanha pelos órgãos competentes que envolva toda a comunidade, com engajamento de associações, sindicatos, escolas, igrejas, clubes de serviços, empresas, enfim, toda a sociedade organizada. Não se pode abstrair do contexto, que algumas cidades já atingiram um número absurdo de veículos nas ruas. Estas cidades estão preparadas para suportar este avanço? Se falta infraestrutura e recursos para dar um transporte público de qualidade, muito mais do que isso, falta conscientização, respeito, paciência, e acima de tudo, a compreensão do significado da palavra: CIDADANIA.
Vamos pensar nisto!
Ary Bracarense Costa Júnior
Caro Advogado Ary, bem acertada a ideia. E necessária.
Nosso país é no mundo, onde com menos idade, as pessoas fazem hemodiálise e transplante renal, JUSTAMENTE POR ESTARMOS FICANDO GORDINHOS E HIPERTENSOS MUITO, MAS MUITO JOVENS.
Só não colocaram glutamato monossódico no cafézinho (ainda, mas já já aparece um aloprado vendendo café, sabor bacon)
E seu raciocínio precisa ser colocado em prática, e em rito urgente, mas por toda a gente de nós.
As entidades de classe poderiam chamar a sociedade para desafios de extremada utilidade, feito: passeios de bicicletas, caminhadas, desafios tipo medida certa, donde um bairro pode desafiar o outro.
Mas sua proposta tem que ser tirada do papel, por todos nós, e, deixando as coisas de política de lado, vamos nos ajudar, fazendo o sedentarismo se mudar daqui. E as campanhas de educação no trânsito, podem deixar nossa cidade mais bonita.
Estamos ficando uma sociedade bem gordinha, hipertensa, diabética e, grande parte, devotada ao esporte-mór desses últimos tempos… dedos fazendo musculação na modalidade zap zap!
Vamos pedalar!
Obrigado por seu Texto.
A ideia é ótima com relação a implantação de ciclovias e campanhas de conscientização. No entanto, penso que será extremamente perigoso nos cruzamentos das avenidas e ruas ao longo do trajeto a ser percorrido pelos ciclistas, independentemente da campanha de conscientização que terá de ser desenvolvido pela administração pública municipal, para evitar um mal maior. Existem outras alternativas menos perigosas que poderiam ser adequadas aos ciclistas como a utilização das calçadas da praça dos pioneiros, bem como do estádio natal francisco, delimitando pistas para uso como ciclovia e para os pedestres, sem se exporem a riscos de acidentes como ao contrário do anel cicloviário sugerido.
Muito bem observado anônimo!
Sem campanhas educativas com ou sem ciclovias o risco é constante. Em relação ao cruzamento, acredito que o risco é muito maior se deixarmos os ciclistas junto com os automóveis, brigando por espaço, como atualmente ocorre.
Havendo uma demarcação, com cores específicas (vermelho utilizado por outros municípios – ex. Toledo), os motoristas aprenderão a respeitar o cruzamento.
Nada que uma boa orientação não resolva!
Contudo, não deixa de ser uma idéia oportuna, na reforma da praça dos pioneiros construir uma pista de bicicleta como lazer. O anel cicloviário teria uma abrangência maior, pois além do lazer e da atividade física, o trabalhador poderia utilizá-lo como meio de locomoção, minimizando os atuais riscos de acidente! O grande desafio é estabelecer uma nova postura e consciência, cujas etapas terão que ser enfrentadas, sob pena de postergarmos o próprio desenvolvimento urbano. Abraço.