Telefonia móvel: estamos sendo tratados como meninos

Publicado em 04 de junho de 2015

Quando meninos insistíamos em nos comunicar usando duas latas e um barbante.

Agora, a comunicação é parte intrínseca do nosso cotidiano. Impossível separá-la da nossa vida.

Enquanto nos países do primeiro mundo, por conta de normas e exigências rígidas as operadoras oferecem serviços de excelência, aqui somos reféns do descaso; das operadoras e principalmente das autoridades.

Se não houvesse “ingerência” do governo nas comunicações, possivelmente o serviço teria melhor qualidade, pois, o que se observa, é que a Anatel, sabe-se lá por que “motivos”, é conivente com o descaso, afinal, por não cumprir sua função, aprova, legaliza o desrespeito e assume a responsabilidade das operadoras.

Se estamos sendo ludibriados não é culpa das operadoras, cujo interesse único, como têm demonstrado, é o lucro fácil.

Nossos contatos e interesses estão sendo pisoteados, nossos negócios prejudicados, pois a maioria das transações sociais ou comerciais, passam, ou dependem da telefonia.

Quanto nos custa e quem paga pelo tempo perdido e pelo humor abalado pelas intermináveis tentativas de comunicar-nos?

Como sociedade organizada podemos mudar este quadro.

Não podemos mais conviver com esta situação. Se é verdade o que diz a regra geral, que “o cliente sempre tem razão”, não estamos fazendo o dever de casa.

Ao dizer não a esta situação vergonhosa e exigir os direitos e respeito que merecemos podemos desencadear um movimento moralizador, com reflexos e benefícios à toda Nação.

Não podemos ser tratados como meninos.

Por Chico Ramos

Alda - 391x69

3 comentários sobre “Telefonia móvel: estamos sendo tratados como meninos

  1. Muito oportuno seu artigo. Realmente é uma vergonha o que está acontecendo com o “serviço” “prestado” pelas operadoras, de modo especial a Tim.
    Concordo que deve haver conivência da Anatel. Se investigado pelo Ministério Público, este provavelmente será mais um escândalo.
    É uma patifaria!
    Um caminho seria uma ação civil pública, através de uma entidade já constituída, como a Aciap, que congrega milhares de empresários e seus funcionários, dependentes deste serviço, solicitando ao Judiciário a suspensão dos pagamentos, e até mesmo o ressarcimento pelos prejuízos causados, até que as providências sejam tomadas.

    • Preclaro “poucas falas”

      A ANATEL é cúmplice e mostra-se, desde sua criação, um berço esplêndido para apadrinhados apedêutas da Capitania – Mór do Planalto Central.

      Eu já precisei deles, no 0800 e o péssimo atendimento, se fosse concurso, ganharia da tim, cartões da caixa, claro e vivo, além da paquidérmica Telefonica e sua dezena de nomes fantasmas.

      Nobilíssimo sr. “poucas falas”, estes empresários da telefonia, herdaram da EMBRATEL E TAMBÉM DA TELEPAR (por anos, considerada a melhor cia. telefônica do planeta) TODA UMA REDE DE TORRES, SISTEMAS QUE NÃO CADUCAM AO LONGO DOS ANOS, entra internet nova etc, mas torres continuam necessárias… E ELAS FORAM COLOCADAS LÁ. Foram “doadas” para a melhoria e a implantação do sistema de telemóveis que temos hoje.

      Creio eu, que nós usuários é que não sabemos chamar corretamente as operadoras… nós chamamos por nome fantasia, mas deviamos perguntar, quando atenderem os 0800, de que partido político é aquele call center.

      A herança da ditadura (EMBRATEL), deixada ao povo, e por eleitos, repassada à iniciativa privada, foi parar na privada mesmo!

  2. Este seria um serviço muito importante que a Aciap prestaria a nós associados e à toda comunidade.
    No caso dos diretores da Aciap decidirem continuar na “zona de conforto” alguém poderia tomar a iniciativa de constituir uma associação, que neste momento atenderia este assunto, com a sugerida Ação Civil Pública e no futuro estaria apta a defender nossos interesses em outros infortúnios.
    Alguém precisa tomar esta atitude.
    Estas operadoras estão mesmo nos fazendo de moleques!

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