Conhecido como o “Batman do Paraná”, o secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, pediu, no final da manhã de hoje, sua exoneração do cargo. Em carta enviada ao governador Beto Richa (PSDB), Francischini justifica sua decisão alegando que sua saída visa “colaborar com a governabilidade de nosso Estado”. Também na carta, o ex-secretário assume “novamente e publicamente todas as minhas responsabilidades, na atuação policial nas últimas operações, apoiando o trabalho da tropa. No entanto, ressalto que mesmo com as reações adversas, continuo defendendo uma apuração rigorosa tanto da polícia quanto do Ministério Público para que ao final a verdade prevaleça”.
A pressão para que Francischini deixasse o cargo era grande. E piorou quando tentou se eximir de qualquer culpa pelo confronto e a Polícia Militar e os professores, no último dia 29, que deixou mais de 200 feridos.
O governador já teria decidido pela exoneração de Francischini, mas numa conversa no Palácio Iguaçu o ex-secretário pediu para ficar, alegando que sua demissão causaria danos à sua carreira política. Beto cedeu e o manteve no cargo. Mas em seguida, a coronéis da PM divulgaram duas notas repudiando as declarações de Francischini, o que o colocou novamente contra a parede.
O ex-secretário é deputado federal licenciado do Solidariedade e deve retornar às suas atividades na Câmara dos Deputados, integrando a chamada “Bancada da Bala”.