Um dos perfis mais desejados e procurados para o próximo gestor a ocupar a cadeira, futuramente nada macia, do Palácio do Ivaí é a capacidade de lidar com o equilíbrio do orçamento municipal, endividamento, investimento e a capacidade e jogo de cintura em buscar recursos federais e estaduais em um cenário de neblina litorânea constante em que, infelizmente, será difícil enxergar um palmo adiante. De lidar com a infraestrutura, inchaço da máquina administrativa, gula dos partidos por cargos e poderes, com a saúde, educação, crescimento agroindustrial, criação de empregos e a estagnação da economia com vistas ao aparecimento do fantasma da inflação. Perdão, não é pessimismo, quiçá mau agouro, será o resultado da farra que fizeram do erário nacional. Agora, aguentemos o estouro.
Qual será o perfil que o povo elegerá?
Será ele um Pecuarista?
Uns dizem que deviam tentar um de outra classe. Mas, em uma região predominantemente agropastoril, donde vamos achar uma liderança que não foi, é ou será pecuarista?
Será ele um sindicalista?
Difícil, uma vez que as agremiações cuja espécie habitam, estão em baixas em virtude dos acontecimentos petrolíferos atuais. E com a atuação das confrarias perdigueiras do Ministério Público, Polícia Federal e GAECO, que fareja até fóssil de dinossauro, atrapalha interesses. Fica difícil. Isto sem falar do histórico eleitoreiro de não acreditar nas promessas e ou compromissos feitos pelos políticos da classe sindical.
Será o próximo mandatário um ex-prefeito?
Difícil, não que não mereçam. Temos “ex” que muito contribuíram para a administração pública. Mas vamos lá. Não que não queiram, ou não tenham interesse, mas tornaram-se inviáveis perante partidos e eleitores, pois teme-se um efeito Tancredo Neves: ganha, mas não assume, daí entra o vice, e, alguns nomes dão medo. Outros têm mais processos acumulados que mesa de Juiz em volta de férias. Escorregaram ou permitiram. Ministério Público e Tribunal de Contas deitaram ciência.
Outros não têm mais pegada em virtude do vou não vou, do me leve no colo que saio. Aqueles que vivem de Flashback político, do: “se cacifarem eu vou”. Inviáveis também.
Será um nome saído do Legislativo? Entre fazer indicações, nominar ruas, dar títulos de cidadão honorário a ser titular do Executivo, achando que o esquecido vai aboná-lo, é preciso muito trabalho. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A maioria dos prefeitos nunca ocuparam as fofas cadeiras do Legislativo municipal. Portanto, difícil convencer o eleitor.
Será um nome do empresariado? Difícil também! Quando, por especulação ou evidência surge um nome, vem o tal do “nana neném”. O famoso me leva no colo que vou. Na hora da onça beber água, do vou, se não levar no colo, não fica um “mermão”. É um calvário.
Seria ele um funcionário público; incluso aquele que tem cargo eletivo atual?
Difícil! Tem o paladino, que apesar de ser um dos nomes que anda em voga, em virtude do trabalho feito e merchandising propagado, que já está gerando ciumeira. Dizem que o sindicado fará campanha contra. E os dores de cotovelos farão vodu e pedirão a sua transferência para barracão ou Xanxerê no Estado donde já atuou no mesmo cargo. Uma nova promessa, mas como aqui se torce pelo touro e a dor de cotovelo é maior do que o apoio, difícil.
O deputado recém-eleito, certamente jogará balão de ensaio.
Como liderança recém-formada e enraizada, muitos irão querem que saia candidato à cadeira do Palácio Ivaí. Outros de jeito nenhum, pois perderão as tetas conquistadas a tapas e beijos, ou mais beijos que tapas, pois quem vier a assumir fará outra devassa em cargos e salários cobiçados.
E o interessado direto, certamente não irá deixar o terreno em qual sua bandeira foi fincada para abraçar uma “Isabel”, “Jaca” ou coisa do gênero. Difícil. Só depois de cumprir este mandato legislativo estadual. Aí se atira na cadeira do palácio Ivaí.
Então, qual o perfil do novo administrador municipal? Palpitem!
“Com quem será, com quem será, com quem será, qual o gestor que o eleitor vai casar? ”
Por Sergio José – Old Rubens