É facilmente perceptível o “start” nas movimentações e articulações políticas de nossa querida Paranavaí. Os partidos políticos das mais variadas siglas já processam algumas conjecturas. Fazem análises do momento político. Traçam perfis de possíveis candidatos. Muitos nomes já começam a integrar a lista dos prefeituráveis. Para quem gosta de política, um cafezinho e uma boa conversa entre amigos, o assunto (além da famigerada corrupção) é perfeitamente atual.
O desafio político é imenso. A própria crise econômica, política e moral desestimulam o aparecimento dos bons nomes. Ao contrário, muitos oportunistas e profissionais da política já se colocaram de plantão. De igual forma, medalhões da política Paranaense, que só aparecem por aqui a cada dois anos já começam mais uma vez a aportar na nossa comunidade, indicando possíveis candidatos que dizem ser bons de voto. Visam invariavelmente os interesses pessoais. A velha política começa a entrar em ação! Eis o desafio da comunidade política. Não permitir que isso aconteça!
Vimos nas últimas eleições candidatos de fora, os denominados paraquedistas, utilizando-se de pessoas com alto prestígio social, para estabelecer o denominado curral eleitoral. Resultado: Pagamos o preço! Não elegemos um autêntico Deputado Federal de Paranavaí. Perdemos indicações de verbas de mais de 50 milhões de reais a fundo perdido, que um Deputado Federal tem direito em uma Legislatura. Assim, a comunidade precisa novamente estar atenta! Quem estará por trás deste ou daquele candidato? Nós que amamos esta cidade, que moramos aqui, vivemos aqui, temos que nos insurgir contra este comportamento político. Vale lembrar: “O Sonho de um não pode virar o pesadelo de todos.”
Neste quadro, qual deveria ser o perfil do futuro prefeito de Paranavaí? A resposta exige um pouco mais de reflexão. A Prefeitura de Paranavaí tem que ser vista como uma grande empresa a ser bem administrada. Não se trata apenas de gerenciar recursos, pagar fornecedores, pagar funcionários, cobrar impostos e cumprir as obrigações fiscais e orçamentárias. A população espera por resultados que sejam impactantes na melhoria de vida. A título de sugestão, alguns resultados esperados já poderiam até ser pautados nas próximas eleições, tais como: diminuições de filas nos postos de saúde, confecção da malha viária com melhor qualidade, manutenção das praças, implantação de ciclovias, abertura das quadras desportivas para a população, maior número de convênio com especialidades médicas, programas de incentivos fiscais para atração de empresas e geração de empregos, otimização dos recursos existentes, redução do número de secretarias, construção de um novo aeroporto, enfim, oportunizar ações que explorem o potencial de nossa cidade.
Dentro da própria complexidade é preciso sensibilidade do futuro candidato para um efetivo aprimoramento das demandas públicas. Não podemos permitir que oportunistas frustrados em sua atividade econômica, façam na vida pública o que fizeram na privada. Portanto, num primeiro momento, muito mais que político, precisamos de um gestor, com capacidade de investir em capacitação, alcançar as metas traçadas, ser transparente, descentralizar as ações com uma equipe competente. Em suma, tratar a população com carinho, decência, ética e respeito.
Não podemos ignorar que tivemos muitos avanços na atual administração. Foram inúmeras as contribuições dadas pela atual administração. Mas é preciso avançar! É preciso aprimorar alguns conceitos. Qual é melhor? À exemplo da malha asfáltica, fazer muito e ter que fazer de novo ou fazer menos com qualidade? Penso que quantidade sem qualidade gera desperdício. O futuro prefeito precisará eleger as prioridades, mas sem abstrair a necessidade de cuidar, zelar e conservar o próprio patrimônio público, construído ao longo do tempo em várias administrações, inclusive, na atual.
É conclusivo que as conversações passarão necessariamente pelos partidos. Mas seria de bom alvitre o envolvimento de toda comunidade, da imprensa e das entidades para balizamento das decisões. A disputa faz parte do processo democrático. Mas para que haja o jogo à altura é preciso colocar bons jogadores em campo. Esperamos que na hora da formatação política que se desenha prevaleçam os interesses de nossa comunidade. Vamos pensar no assunto!
Ary Bracarense Costa Júnior