Manifestação reúne 500 pessoas em Paranavaí

Publicado em 12 de abril de 2015

Do Blog do Praxedes

Bem abaixo da expectativa inicial, o protesto contra a corrupção e pelo impeachment da presidente Dilma na manhã deste domingo em Paranavaí contou, segundo avaliação da PM, com a participação de 500 pessoas.
Na primeira manifestação, mais de 1.800 pessoas teriam participado da passeata. Desta vez, muita gente acabou ficando em casa. Nem mesmo os flashes constantes divulgados pela Rede Globo desde cedo foram capazes de atrair mais público. Isto em todas as cidades brasileiras acompanhadas pelas redes de televisão.
Nem o governo pode comemorar a baixa adesão do movimento que tem como um dos temas o pedido de impeachment da presidente Dilma. Por sinal a partidarização de algumas palavras de ordem dos organizadores destoa da unanimidade, que é o fim da corrupção e a prisão dos culpados.

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7 comentários sobre “Manifestação reúne 500 pessoas em Paranavaí

  1. A classe trabalhadora e os setores populares precisam entrar em campo contra o governo e contra a direita. Somos a imensa maioria desse país. Podemos parar o país! Somos mais fortes que o governo, que o Congresso e o PSDB e podemos impedir que eles joguem o custo da crise na costas da classe operária e da juventude pobre e negra. Nenhum direito a menos!

  2. Estive passando por la, ate ia parar mas não achei vaga pois tinha muita camionete riluxx, ranger, amarok, s-10, cruze, cobalt, enfim, so tinha burgues, bem vestido, óculos de marca, bem nao achei nenhum Pelego (como diz na gíria), não achei nenhum pobre, mendigo, necessitado, ai fui embora, mas passei ali na vila operaria tinha muita gente nesse horário, varrendo calçada, indo na igreja, mercado, tinha um pessoal fazendo uma calçada em especie de mutirão, tinha um pessoal vendendo vassoura na rua, muita dona de casa lavando louça, e pasmem, muita gente queimando aquela carne, bebendo aquela gelada. Trabalhar, parem de murmurar e vão trabalhar.

  3. O fracasso dos protestos encerra, enfim, o terceiro turno.
    Por Paulo Nogueira.
    O flop sensacional dos protestos de hoje tem um significado essencial: acabou, enfim, o terceiro turno, depois de mais cem dias de governo Dilma.
    Foi um final melancólico para os esperançosos de um golpe contra os 54 milhões de votos – um grupo diversificado que vai dos coronéis da mídia até aquela massa ignara formada por analfabetos políticos.
    Os protestos se esvaziaram de pessoas, e a excentricidade boçal e desinformada foi se acentuando.
    Um cartaz que viralizou dizia, por exemplo, que sonegação não é corrupção. Outro afirmava que Dilma tinha três opções: renunciar, ser derrubada ou se matar.
    Malucos mais uma vez pediam um golpe militar em inglês. E o direitista punk do Movimento Brasil Livre, do alto do fiasco do espetáculo que tentou comandar, disse que é preciso meter uma bala na cabeça do PT.
    Em meio a essas cenas beligerantes, a Globonews, como assinalou um tuiteiro, insistia em destacar o “caráter pacífico e familiar” dos protestos.
    Numa das melhores tiradas do dia, o tuiteiro escreveu: “A Globonews insiste em dizer que famílias inteiras estão nos protestos. Ora, fodam-se as famílias inteiras.”
    Pausa para rir.
    Neste estertor de terceiro turno, não podiam faltar também os números inflados. A PM, depois do célebre milhão furado da vez anterior, recuou para um pouco mais de 200 mil pessoas na Paulista.
    O Datafolha foi mais modesto: 92 mil no pico, às 16 horas.
    Mesmo assim, as imagens de grandes vazios na avenida Paulista deixavam dúvidas quanto à precisão do prognóstico do Datafolha.
    Um amigo me escreveu: “Como disse Wellington, quem acredita nestes 100 mil acredita em tudo.”
    Derreteu-se o exército de manipulados que decidiram vestir a camisa da seleção e ir para as ruas. Não deixarão saudade, em sua imensa tolice.
    Eles demoraram uma eternidade a entender que perderam as eleições, mas agora acordaram para a realidade.
    Resta Dilma também acordar para o fato de que ela venceu. Não deve haver registro, na República, de um vitorioso em eleições presidenciais com ares tão derrotados.
    Isso deu margem a que neoudenistas como FHC, Serra e Aécio agissem como napoleões de hospício, e adotassem um ar triunfal em nada compatível com os resultados das urnas.
    Dilma deveria pegar um calendário que inclua todos os dias que restam até o final de seu segundo mandato. E a cada dia, a cada folha arrancada, verificar se fez todas as tarefas que estão por fazer.
    Ela tem três anos e nove meses para fazer coisas como o desmame das grandes empresas de mídia, historicamente acostumadas a viver do dinheiro público sob múltiplas formas.
    Nada é tão imperioso como isso, porque os coronéis da mídia se batem ferozmente contra todos os avanços, como se viu agora no caso da terceirização.
    Da Globo à Folha e à Abril, as empresas jornalísticas precisam de um choque do capitalismo que pregam para os outros.
    Fora todas as mamatas públicas, ainda hoje elas vivem protegidas da concorrência estrangeira, o que é simplesmente uma obscenidade.
    Se o PT aspira a ter futuro depois deste governo, vai ter que enfrentar coisas que preferiu fingir que não via.
    A hora é essa – com o final do terceiro turno.
    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-fracasso-dos-protestos-encerra-enfim-o-terceiro-turno-por-paulo-nogueira/

  4. NOVE MOTIVOS PARA VOCÊ SE PREOCUPAR COM A NOVA LEI DA TERCEIRIZAÇÃO
    A Câmara Federal pode aprovar o projeto de lei 4.330 que facilita a terceirização e a subcontratação do trabalho. Descubra como a medida pode afetar seu dia-a-dia.
    Por Piero Locatelli, da Repórter Brasil
    O número de trabalhadores terceirizados deve aumentar caso o Congresso aprove o Projeto de Lei 4.330. A nova lei abre as portas para que as empresas possam subcontratar todos os seus serviços. Hoje, somente atividades secundárias podem ser delegadas a outras empresas, como, por exemplo, a limpeza e manutenção de máquinas.
    Entidades de trabalhadores, auditores fiscais, procuradores do trabalho e juízes trabalhistas acreditam que o projeto é nocivo aos trabalhadores e à sociedade. Nesta terça-feira 7, a polícia reprimiu um protesto das centrais sindicais contra o projeto, em frente ao Congresso Nacional.
    Descubra por que você deve se preocupar com a mudança:
    1- Salários e benefícios devem ser cortados
    O salário de trabalhadores terceirizados é 24% menor do que o dos empregados formais, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
    No setor bancário, a diferença é ainda maior: eles ganham em média um terço do salário dos contratados. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, eles não têm participação nos lucros, auxílio-creche e jornada de seis horas.
    2- Número de empregos pode cair
    Terceirizados trabalham, em média, três horas a mais por semana do que contratados diretamente. Com mais gente fazendo jornadas maiores, deve cair o número de vagas em todos os setores.
    Se o processo fosse inverso e os terceirizados passassem a trabalhar o mesmo número de horas que os contratados, seriam criadas 882.959 novas vagas, segundo o Dieese.
    3- Risco de acidente deve aumentar
    Os terceirizados são os empregados que mais sofrem acidentes. Na Petrobras, mais de 80% dos mortos em serviço entre 1995 e 2013 eram subcontratados. A segurança é prejudicada porque companhias de menor porte não têm as mesmas condições tecnológicas e econômicas. Além disso, elas recebem menos cobrança para manter um padrão equivalente ao seu porte.
    4 – O preconceito no trabalho pode crescer
    A maior ocorrência de denúncias de discriminação está em setores onde há mais terceirizados, como os de limpeza e vigilância, segundo relatório da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Com refeitórios, vestiários e uniformes que os diferenciam, incentiva-se a percepção discriminatória de que são trabalhadores de “segunda classe”.
    5- Negociação com patrão ficará mais difícil
    Terceirizados que trabalham em um mesmo local têm patrões diferentes e são representados por sindicatos de setores distintos. Essa divisão afeta a capacidade de eles pressionarem por benefícios. Isolados, terão mais dificuldades de negociar de forma conjunta ou de fazer ações, como greves.
    6- Casos de trabalho escravo podem se multiplicar
    A mão de obra terceirizada é usada para tentar fugir das responsabilidades trabalhistas. Entre 2010 e 2014, cerca de 90% dos trabalhadores resgatados nos dez maiores flagrantes de trabalho escravo contemporâneo eram terceirizados, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Casos como esses já acontecem em setores como mineração, confecções e manutenção elétrica.
    7- Maus empregadores sairão impunes
    Com a nova lei, ficará mais difícil responsabilizar empregadores que desrespeitam os direitos trabalhistas, porque a relação entre a empresa principal e o funcionário terceirizado fica mais distante e difícil de ser comprovada. Em dezembro do último ano, o Tribunal Superior do Trabalho tinha 15.082 processos sobre terceirização na fila para serem julgados, e a perspectiva dos juízes é de que esse número aumente. Isso porque é mais difícil provar a responsabilidade dos empregadores sobre lesões a terceirizados.
    8- Haverá mais facilidades para corrupção
    Casos de corrupção como o do bicheiro Carlos Cachoeira e do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda envolviam a terceirização de serviços públicos. Em diversos casos menores, contratos fraudulentos de terceirização também foram usados para desviar dinheiro do Estado. Para o procurador do trabalho Rafael Gomes, a nova lei libera a corrupção nas terceirizações do setor público. A saúde e a educação públicas perdem dinheiro com isso.
    9- Estado terá menos arrecadação e mais gastos
    Empresas menores pagam menos impostos. Como o trabalho terceirizado transfere funcionários para empresas menores, isso diminuiria a arrecadação do Estado. Ao mesmo tempo, a ampliação da terceirização deve provocar uma sobrecarga adicional ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao INSS. Segundo juízes do TST, isso acontece porque os trabalhadores terceirizados são vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais com mais frequência, o que gera gastos ao setor público.
    Fontes: Relatórios e pareceres da Procuradoria Geral da República (PGR), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos e de juízes do Tribunal Superior do Trabalho. Entrevistas com o auditor fiscal Renato Bignami e o procurador do trabalho Rafael Gomes.
    http://www.cartacapital.com.br/politica/nove-motivos-para-voce-se-preocupar-com-a-nova-lei-da-terceirizacao-2769.html

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