Reitor agora põe a culpa na cidade

Publicado em 01 de março de 2015

Que o reitor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), professor Antônio Carlos Aleixo, trabalhou contra a vinda da reitoria da instituição para Paranavaí e que vem postergando ao máximo a transferência de seu gabinete para a cidade é de conhecimento até do nosso folclórico “Chico Doido”. Mas agora com seu arsenal de desculpas para não despachar de Paranavaí se esgotando ele adota uma estratégia pouco convencional: passa a jogar a culpa no poder público municipal e na sociedade civil organizada.
A desconfiança da estratégia do magnífico reitor começou a ser desvendada a partir de uma faixa colocada na reitoria por estudantes que estão ocupando o espaço. A faixa acusa o prefeito Rogério Lorenzetti (PMDB) de não cumprir promessas.
Por ocasião da inauguração, Aleixo disse que ainda não poderia despachar de Paranavaí, entre outras coisas, porque o prédio não dispunha de ar condicionado e de telefone, o que, segundo se apurou, seria de responsabilidade da própria Universidade.
O Blog apurou, ainda, que a Prefeitura fez a reforma e as adequações necessárias no prédio, a Aciap, o Sindicato Rural e a própria prefeitura disponibilizaram funcionários para a reitoria. Além disso, empresários e entidades de classe doaram móveis e computadores (alguns ainda não foram entregues porque não tem a quem entregar). Mas o reitor disse que não despacha daqui porque a cidade não cumpriu com a sua parte.
A Prefeitura se dispôs a ajudar mais e pediu um orçamento para encaminhar à Câmara projeto de lei pedindo autorização para celebrar convênio com a Unespar. Mas, provavelmente para postergar ainda mais sua vinda para Paranavaí, o orçamento ainda não foi encaminhado à Administração Municipal. Segundo uma fonte, “a impressão que se tem é que a Unespar quer abrir contas na cidade e no final do mês que a prefeitura vai lá e pague. Não é assim que funciona na administração pública e o reitor sabe disso, sabe como funcionam as regras para uso do dinheiro público”.
Procurado pelo Blog, Rogério Lorenzetti deu a seguinte entrevista exclusiva:
Uma faixa colocada na fachada da Unespar, que está ocupada por estudantes, diz que você não cumpre promessas. Você sabe do que se trata?
Durante a minha vida pública procurei não fazer “promessas” e sim assumir compromissos. Até onde é do meu conhecimento, em relação a UNESPAR estão cumpridos. Cabe a quem afirma dizer o que está acontecendo e apresentar algum documento, assinado por mim, que prove o contrário.

Você conversou com a reitoria nos últimos dias sobre esse assunto?
Informei ao Reitor, por mensagem escrita, os acontecimentos em relação a sede e pedi providências. Ele em contato telefônico afirmou que tinha se reunido com os estudantes e resolvido o assunto. Eles teriam se comprometido a desocupar o prédio.

Tem alguma informação porque o reitor ainda não veio para Paranavaí, embora a Prefeitura já tenha entregado o prédio?
Até onde é de meu conhecimento a reitoria está funcionando na cidade. A vinda ou o deslocamento do reitor para suas funções é de caráter administrativo e pessoal, deve ser perguntado a ele.

Existe ainda alguma pendência do município em relação à Reitoria da Unespar?
Os compromissos assumidos em relação ao que nos comprometemos quando iniciamos e concluímos as tratativas estão cumpridos.

O Estado não tem dinheiro sequer para comprar papel higiênico. O município tem condições de ajudar a Unespar neste momento crítico?
As dificuldades orçamentárias do estado nos motivaram a avançar este assunto de verbas para custeio. Pedimos a funcionária encarregada um orçamento para enviarmos Projeto de Lei à Câmara solicitando autorização para um valor a ser destinado a pagamento de itens como produtos de limpeza, higiene e outros, desde que obedecidas as regras legais para a formalização de convênio para tanto. Estamos aguardando o retorno do mesmo, enviado já há algum tempo.
Ressalto que, devido às dificuldades por que passam os entes federados, este orçamento deve conter valores que respeitem os princípios da eficiência e economicidade.
Depois de aprovados pelos nossos técnicos serão auditados na forma da lei.
Enfatizo que estou tento toda a boa vontade, compreensão e atitudes para que a reitoria funcione em Paranavaí com o conforto e a eficiência necessária.

Alda - 391x69

19 comentários sobre “Reitor agora põe a culpa na cidade

  1. O (des)respeito do “magnífico” ficou mais que evidente na cerimônia de inauguração da sede da reitoria. Quem lá esteve sabe do que estou falando. Seu (des)interesse por Paranavaí também não é nenhuma novidade. É preciso investigar, com rigor, quais são seus verdadeiros interesses e que “tipo de argumentos” o motiva. Os momentos de andarmos “com o pires na mão” pedindo benção a Deus e ao diabo ficaram no passado, quando dos movimentos pela aprovação da sede para Paranavaí. Já passou da hora de darmos um basta na desfaçatez deste senhor.

  2. Tenho cá comigo que já passou da hora de a Câmara Municipal de Paranavaí outorgar a este reitor o título de persona non grata, pois se ele puder vai prejudicar a cidade, desviando novos cursos para outras faculdades em prejuízo da nossa Fafipa. Um cidadão que não respeita a decisão de seus superiores, no caso o governador Beto Richa, da maioria dos deputados estaduais, e o secretário de Ensino superior, vai se preocupar com a população da nossa região?

  3. O RL não é flor que se cheire, mas entre ele e o reitor sou Rogério desde criancinha.
    E os acadêmicos caíram no conto da carochinha contada pelo reitor. kkkkkkkkkk

  4. esse reitor é mau educado, mesmo sendo professor, ele é brigado com o vice varela. a unespar não vai acrescentar nada a paranavai, e vai atrapalhar o bom andamento da fafipa. isso foi o que o teruo trouxe para paranavai, mais um pepino para a cidade.

  5. Mano do céu! Eu tava no meio dos acadêmicos, este cara é o maior conversinha. Não saiu no blog no ano passado que talvez o “magnífico” (to sendo sarcástico mano) tivesse interessado nas diárias?
    Sei lá meu, acho que é preciso investigar este maluco mano. Alguma coisa errada deve ter. Falei

  6. Esse Beto Richa só mandou pepinos para Paranavai,a UNESPAR é um desses.Mais um problema para a cidade.Presente igual ao CAVALO DE TRÓIA que o Teruo pediu prá nós,mas…ele vai receber o troco,pois vai perder pro PO ROYAL para prefeito!!!

  7. Esta notícia do Taturana e todos estes comentários são importantes, entretanto, penso que nossos líderes, principalmente os ligados ao PSDB, deveriam falar com quem decide, o governador, se é que ainda manda e se é que ainda temos líderes no PSDB em Paranavaí.
    Este sujeito, por mais magnífico, não pode e não vai nos fazer de otários. Com esta postura vai conhecer um outro lado da personalidade deste povo gentil e laborioso do nosso pedaço do Noroeste. Tenha certeza reitor: o senhor não está com esta bolo toda!

  8. Mas bah! este guri tomou gosto pelos ambientes palacianos. e tem outra coisa: por ser a sede da reitoria, Paranavaí é a única cidade onde ele não teria direito a diárias, que devem ser generosas. è preciso mesmo investigar. Até onde se tem conhecimento, nem mesmo o pessoal da Fafipa gosta do reitor. Tem outra coisa caro reitor: até presidentes da república são depostos! Sua batata está assando!

  9. tá na cara que esse reitor quer “melar” a sede da unespar, agora instalada em Paranavai. Esse povo ganha bem não fazem nada e ainda querem escolher lugar para trabalhar. Tá na hora das lideranças de nossa cidade tomar providencias e exigir junto ao governo que esse tal reitor pare de nhém nhén e venha morar aqui de vez. Tá pegando mal pra cidade esse desprezo que esse,para mim, “zé ninguem”, demonstra a toda hora. Empregado tem que trabalhar onde o patrão manda, senão RUA.

  10. Taturana, eis minha modesta sugestão de pauta: faça uma entrevista com o Reitor Antonio Carlos Aleixo e outra com o vice, Varela.

    Aliás, é de comum conhecimento que um vice sempre responde na ausência do titular, ou não? E no caso aqui, como se trata de cargo puramente administrativo, ao contrário do que muitos pensam, não há necessidade de solenidades, assinaturas de termos, etc.

    Minha sugestão baseia-se no que está aí na notícia, na qual o prefeito diz que:
    – “Até onde é de meu conhecimento a reitoria está funcionando na cidade. A vinda ou o deslocamento do reitor para suas funções é de caráter administrativo e pessoal, deve ser perguntado a ele.”

    LOGO, comentários que possam estar circulando na cidade contra o Reitor ficam fragilizados, não acha? Note inclusive que dentre os comentários que me antecedem, há um que afirma que “… ele é brigado com o vice varela”, no que não acredito, ao menos antes de ouvir o próprio vice, Varela.

    Agora, sinceramente, entender – como aqui dizem alguns – que o Reitor pode ser desbancado da função, como se não houvesse um estatuto da instituição em vigência [leia-se antes o § 3º do artigo 23, e o caput do artigo 25 e seu parágrafo único, do estatuto], ou como se o Governador fosse exonerá-lo apenas pela cor dos olhos de quem isto lhe fosse pedir, é duma aberração absurda, para não dizer infantilidade.

    A crer que as coisas fossem assim, Taturana, aí sim se estaria diante da insegurança jurídica do processo de escolha e homologação do resultado da eleição do cargo de Reitor e seu Vice que, neste caso, relembremos, concorreu democraticamente com outras chapas e foi eleito com quase 70% dos votos diretos de professores, servidores e alunos da instituição. Isto tem grande peso nessas horas, é o capital político do Reitor e seu Vice, Taturana!

    Alguns mais afoitos poderiam refletir melhor antes de dizerem acusativa e ameaçadoramente, por exemplo, que “Este sujeito, por mais magnífico, não pode e não vai nos fazer de otários. Com esta postura vai conhecer um outro lado da personalidade deste povo gentil e laborioso do nosso pedaço do Noroeste. Tenha certeza reitor: o senhor não está com esta bolo – sic – toda!”.

    Este tipo de manifestação de uma pessoa, Taturana, depõe contra a maioria da comunidade universitária ou da população da cidade, que sei não é autoritária, despótica. Muito ao contrário. Este sentimento taliônico de vingança é coisa enferrujada, dos idos tempos anteriores ao distrito de Montoya, e lá deve ser deixado adormecido.

    Resumo desta nova ópera surucuana: é preciso não se deixar contaminar por vírus da arrogância nessas horas, porque comandar homens livres realmente é difícil! Talvez por isso é que alguns da cidade ainda manifestem recônditos desejo de tirania.

    O diálogo ainda é a forma civilizada para a solução dos conflitos.

    Por derradeiro, deixo aqui uma pergunta a quem da comunidade universitária possa (ou queira) responder-me identificadamente:

    – Qual o prejuízo direto, ou mesmo indireto, que a cidade ou a Unespar podem estar sofrendo com a falta da presença física do Reitor na sede da reitoria? Isto está impedindo a instituição UNESPAR de funcionar ou ela não está funcionando, deixando de resolver as questões “interna corporis” que lhe são afetas? Esta é a questão maior, a meu ver, Taturana. Abs

  11. Taturana, você pegou pesado na chamada para seu texto. Despertou curiosidade. Fiz a leitura. Fiquei desapontada. Cara, tenho ciência e respeito a liberdade de expressão, mas seu texto foi gerador de comentários que a meu ver poderiam ter sido evitados. Fácil falar. Fácil vir para as redes sociais e “vomitar” o que bem quer. Difícil é macular o nome de alguém que é (re) conhecido por sua LUTA de longa data em prol de uma educação pública e de qualidade, fato que muito tem contribuído para a efetivação da UNESPAR. Quem quer e sabe fazer, realiza ações independente do espaço. Peço licença ao Zé Roberto Balestra para fazer uso dos seus questionamentos que são: “Qual o prejuízo direto, ou mesmo indireto, que a cidade ou a Unespar podem estar sofrendo com a falta da presença física do Reitor na sede da reitoria? Isto está impedindo a instituição UNESPAR de funcionar ou ela não está funcionando, deixando de resolver as questões “interna corporis” que lhe são afetas?” Pois é, Taturana, concordo com o Zé que “esta é a questão maior”.

  12. Caras pessoas, indivíduos pertencentes a uma sociedade que deveria, no mínimo, prezar pelo desenvolvimento humano e social, ao invés de se degladiarem por meio de palavras, vocês deveriam se unir em torno de um objetivo comum, que é o de consolidar a UNESPAR, constituída a duras penas como bem sabemos.
    É necessário unirmos forças, principalmente, neste “governo” que tem o objetivo de tentar desmobilizar as forças dos trabalhadores, bem como o de angariar fundos a todo custo para pagar suas dívidas. Fiquemos atentos às ações que estão sendo realizadas para a consolidação desta universidade e não nos fixemos em aspectos que possam atrapalhar o crescimento e desenvolvimento da universidade.
    Para mim e para a comunidade acadêmica, o que menos interessa é onde são tomadas as decisões, pois o que importa é que o trabalho seja feito com seriedade e comprometimento.

  13. Muito pertinente o comentário do colega Zé Roberto, vc tem toda a razão! Resta claro o ‘discurso de ódio’ que destilam os comentaristas anteriores que, sem noção da situação atual, preferem esconder-se atrás de opiniões vazias e sem fundamento. Ora, digamos que a “prometida” sede da reitora fosse um grande prédio, equipado com o mínimo necessário (computadores, telefone, água, etc) e que tivesse condições de abrigar toda a equipe de servidores… e mais, digamos que toda a equipe da reitoria (hoje composta por agentes e professores de todos os campi da Unespar, se não me engano composta por mais ou menos 40 pessoas), fixassem residência em Paranavaí… e aí?! De uma hora para a outra a cidade tornar-se-ia próspera? O comércio aumentaria drasticamente as vendas? O mercado imobiliário valorizaria? O governo investiria em infraestrutura na cidade diante de tamanha demanda? Por favor, um ‘mínimo’ de respeito e bom senso seria bem interessante!!

  14. Aos que acham que a reitoria foi um “presente de grego”, que reivindiquem sua ‘devolução’ para a capital do Estado, lugar onde ela deveria estar!

  15. Qualquer meio de comunicação que se queira intitular Jornalístico deve apurar as matérias antes de publicá-las, ouvindo as partes que estão envolvidas e se alguma se recusar a prestar esclarecimento deve dizer “não quis se pronunciar a respeito”. A única pessoa com nome verdadeiro ouvida na reportagem, que teve direito à palavra, foi o Prefeito com sobrenome de marca de chuveiro. Me desculpem, mas reportagem que que se faz sem assinatura, e publica depoimentos de “uma pessoa que não quer se identificar” não é digna de credibilidade.

  16. Paranavaí é uma cidade provinciana. Nunca deixará de ser. A elite dessa cidade acha que a Unespar pertence a Paranavaí. Não é bem assim. A Unespar é do Estado do Paraná.
    São mais de 800 professores, 200 agentes universitários e mais de 12 mil alunos.

    O Conselho Universitário (órgão democrático e superior da instituição) votou pela instalação da reitoria em Curitiba. Essa decisão não foi político-partidária, mas sim, estratégica, pensada por gente com nível superior, instruída, crítica, que pensa no coletivo da Unespar que é composta por sete campus, em várias regiões do Estado do Paraná. Curitiba é uma cidade estratégica e desenvolvida, de maneira democrática, os próximos reitores e funcionários da reitoria teriam melhores condições de trabalho. Em Curitiba estaríamos do lado de várias Secretarias de Estado (SETI, SEFA, SEAP, etc…), da Fundação Araucária, do governador, dos deputados estaduais, entre outras influências que possam positivas para a Universidade.

    Pergunte para os professores de Paranaguá, Curitiba, União da Vitória, se eles querem se candidatar para serem reitores? Vocês acham que os próximos reitores vão se mudar de mala e cuia para para Paranavaí?

    A decisão de levar a reitoria para Paranavaí foi pura politicagem, arbitrária, autoritária, do governador em conjunto com a burguesia de Paranavaí para angariar votos. Vide o discurso daquele ex-prefeito no dia da inauguração do prédio da Reitoria, dizendo que foram para Curitiba pedir votos dos deputados e chantageando-os dizendo: “Se vocês não votarem para Paranavaí, nunca mais coloquem os pés no arenito caiuá pedir votos.” Parecia o discurso do Odorico Paraguaçu. Engraçado que durante as eleições de 2014, todos ficaram preocupados caso o Requião ganhasse, pois ele poderia reverter a situação. Inclusive o prefeito, que ficou pedindo votos para o próprio Requião.

    Na Unespar, todas as decisões devem e são tomadas em conjunto de forma democrática. A abertura de cursos, por exemplo, não depende exclusivamente de Reitor, mas depende de conselhos superiores como CAD, CEPE, COU. E assim acontece com muitas outras decisões financeiras, administrativas, entre outras.

    Paranavaí não é o centro do Universo, nunca será.

  17. Nossa, tem pessoas que mal sabem escrever na língua portuguesa querendo determinar rumos de uma Universidade.

  18. Só para constar, eu concordo inteiramente quando Voltaire diz: “Não concordo com uma só palavra do que você diz, mas defendo até a morte o seu direito de dizê-la”. Acredito que é com discussões, debates e muitos esclarecimentos, tudo com muito respeito, que chegaremos a ter uma opinião mais acertada sobre qualquer assunto

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