Waldur questiona “Sistema S”

Publicado em 15 de fevereiro de 2015

O advogado Waldur Trentini, presidente do Conselho Municipal de Saúde, encaminha e-mail, questionando a necessidade do chamado “Sistema S”. Em caso de sua manutenção, defende o advogado, os cursos oferecidos pelo Sistema deveriam ser gratuitos.
Veja abaixo a mensagem de Waldur.

BRAVA GENTE BRASILEIRA. PRECISAMOS RE(AGIR)
Estrutura e poder tomam o lugar de cursos para o povo

O “Sistema S,” foi criado no Brasil em 1940, tem 11 entidades, e dentre as quais Sesi – Serviço Social da Indústria; Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial; Sesc – Serviço Social do Comércio; Sest – Serviço Social do Transporte; Senat – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte; Sescoop – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo; Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Esse “Sistema S” arrecada R$ 8 bilhões por ano da folha de pagamento, que só existe porque existe trabalhador. Com apenas 40% desse valor, seria possível qualificar 800 mil trabalhadores por ano. Esse “Sistema S” deveria promover cursos gratuitos (sem mais cobrança) para a população. Ademais, se temos escolas públicas, escolas técnicas, universidades, todos essas que têm a função de ensino, pesquisa e extensão, para que ter mais esse “Sistema S”?
Onde estão nossas autoridades, nossos “se dizentes” representantes? Que homens são esses?
“Que homens são esses que nada respondem, que calam verdades, que reprimem afagos; Que homens são esses que trazem nas mãos o freio, o cabresto, a rédea e o buçal; Que homens são esses que tem o dever de fazer o bem, mas só fazem o mal” (Cesar Passarinho, Cancioneiro Gaúcho).

Alda - 391x69

14 comentários sobre “Waldur questiona “Sistema S”

  1. Parabens ao Dr.Waldur Trentini, pagamos para montar, pagamos para manter, pagamos profissionais para administrar e para usar precisamos PAGAR.
    É mais um absurdo BRASILEIRO.

  2. Parabéns pelo brilhante Texto, Dr. Trentini!!!

    Grande parte de nossos políticos são teatrólogos, fazendo releitura dos dias que antecederam a QUEDA DA BASTILHA.

    Mas aqui, diferente da França CORTESÃ, NA FALTA DE PÃES NÃO NOS DARÃO BRIOCHES, MAS CRIARÃO ALGUM IMPOSTINHO A MAIS, PEQUENO, SILENCIOSO E INSIDIOSO, FEITO A MAIOR PARTE DOS EXISTENTES.

    No Brasil, plano emergencial, não depende de catástrofe natural, mas de I.B.O.P.E. PRÉ – ELEITORAL.

    Mas repetitindo Bertolt Brecht ” Existem uns que lutam por um dia e são bons, outros lutam dois dias, também são bons, outros tantos lutam por meses e são importantes….ALGUNS LUTAM POR UMA VIDA INTEIRA..SÃO IMPRESCINDÍVEIS…” (o Sr. é um imprescindível)

    Obrigado e grato por sua atenção

  3. E aqui no Paraná, em algumas cidades, o governo estadual repassou ao Sistema S partes da Educação, numa terceirização muito estranha…

  4. esse sistema ai,já foi conropido!
    quem trabalha ai,digo quem não trabalha ai,so recebe
    é as noras e amigos do lulão 9 dedos.
    o ultimo contratado ai foi o amigão do lulão
    o gilberto carvalho,isso é mais um antro de delapidação.

  5. Quero ver matricular um filho de operário que recolhe ao SESI por exemplo, no afamado colégio de mesmo nome…. Dai quero ver ter R$ 1.000,00 mensais para pagar a mensalidade……Piada!

  6. O Sistema S é outra das instituições a ter a sua caixa preta aberta. O ex-ministro Gilberto Carvalho é o no presidente do Sebrae, com salário de mais de 60 mil reais – isso mesmo, dois mil por dia, além de carro com motorista e outras mordomias.

  7. Alguém aqui, dos que postaram comentários, já se deu ao trabalho de entrar nos sites de cada um dos integrantes do sistema S?

    Acredito que não, pois muitos comentários resumem o Sistema S a apenas escolas de ensino profissionalizantes.

    Estes é apenas umas das atribuições destas instituições. Só para vocês terem uma ideia, o Senac PR oferece bolsas através do Programa Senac de Gratuidade, com recursos próprios.

    Até o fim do ano passado, o Senac também era ofertante dos cursos do Pronatec, suspenso este ano pela diretoria da entidade, pois o Governo Federal deve R$ 12 milhões à instituição.

    Além disso, a Fecomércio, através do Sesc, realiza obras e atividades que impactam a vida dos trabalhadores.

    Uma iniciativa de sucesso foi a restauração do Paço da Liberdade em Curitiba pela Fecomércio, que mais do que restaurar, ajudou a revitalizar e valorizar uma área antes degradada no centro histórico da Capital. Hoje o espaço funciona como um centro cultural, com livraria, salas de concertos, biblioteca e computadores com acesso à internet (Tudo de acesso livre e gratuito da população)

    Em Londrina, outro centro cultural acaba de ser retaurado e inaugurado, o Cadeião.

    Sem contar as inúmeras ações gratuitas que o Sesc realiza durante todo o ano em várias cidades paranaenses. Tratamentos odontológicos, restaurantes com preços populares, turismo social, aulas de ginástica, academias, etc.

    O Sebrae tem um trabalho brilhante no fomento ao empreendedorismo

    Fecomércio e Fiep também realizam pesquisas e projetos nas áreas de inovação, realizam pesquisas conjunturais, etc.

    Enfim, acho que antes de criticar, é preciso conhecer a realidade e o trabalho destas instituições.

    Entrem nos sites delas e vejam os dados, pois apesar de não serem instituições públicas e sim privadas sem fins lucrativos, os dados de gestão orçamentária e salários, estão divulgados.

  8. Sistema S foi obrigado a divulgar salários

    O gigantismo de muitos setores públicos é o responsável pela miséria de grande parte da população. O que lá (no gigantismo) é abundante, aqui (na miséria) é escasso – ou nem existe.

    A divulgação de salários no setor público é um dever de todos e um direito do cidadão e não dependeria de lei para obrigar. Certo? Não. Com o Sistema S, nem depois da Constituição Federal (05/10/1988) ele se dispôs a divulgar onde vai o dinheiro do trabalhador e o dinheiro público.

    Então, teve que ser obrigado pela Lei Orçamentária do Governo Federal, novamente, agora em 2012, para revelar os salários (como revelo o Jornal O Globo em 28/12/2012). Curioso o comportamento das autoridades de ocultarem seus salários vindos do dinheiro público, não é mesmo.

    É por causa de muitos salários “impublicáveis” que se constroem dia-a-dia a injustiça, a miséria e a violência contra nosos irmãos “menos iguais que os iguais perante a lei”.
    waldur.trentini@uol.com.br

  9. Como na Petrobrás, Funcionário do Sistema S, não se nega a excelência do quadro de operários, técnicos, engenheiros e pesquisadores e sim, a politização do quadro administrativo, onde um diretor ganha salários mensais acima de 100 mil reais, sem contar mordomias nababescas. O mesmo dizemos em relação ao Sistema S, já a partir da presença do sr. Gilberto Carvalho em sua presidência.
    Lembremo-nos ainda do que aconteceu com os correios, antes da sua petelização, uma das instituições mais reverenciadas pela população, hoje, tomada também pela corrupção e pelo seu aproveitamento em favor do projeto do Poder do lulodilmismo. O mesmo vale para o BNDES, para a Eletrobrás.

  10. Concordo com o último comentário postado pelo Parreiras Rodrigues em 17 fevereiro, 2015 11:59.

    Só gostaria de argumentar com o Waldur Trentini sobre esta observação: “Ademais, se temos escolas públicas, escolas técnicas, universidades, todos essas que têm a função de ensino, pesquisa e extensão, para que ter mais esse “Sistema S”?

    Cada uma destas instituições acima possuem suas funções em relação ao ensino.

    Universidades: formam licenciados, tecnólogos, graduados e pós-graduados e ainda enfrentam o senso comum dos empresários que dizem que os alunos passam anos na faculdade e não possuem experiência. Tem função de pesquisa e extensão.

    Institutos Federais: são recentes e o foco são os cursos técnicos e de capacitação. Por serem novos, sua oferta ainda não atende à demanda. Também oferecem cursos superiores tecnológicos. Veja que os Institutos Federais assumem também as funções de escolas técnicas e universidades existentes! Na lógica do comentário acima do Sr. Waldur, para que Paranavaí tem um IFPR, se já temos uma UNESPAR e escolas que oferecem ensino técnico?

    Escolas Técnicas: não são muitas, mas tem função de promover o ensino técnico, mais voltado para a prática e para as demandas mais imediatas do mercado de trabalho, levando em conta a vocação regional. Aqui no Paraná temos algumas escolas estaduais que oferecem cursos Técnicos. Com exceção da Escola Técnica da Federal em Curitiba, as demais escolas “quebram um galho” nas demais localidades. Ou vocês imaginam uma escola estadual com laboratório de anatomia para suprir as necessidades de um curso técnico em enfermagem? Elas não suprem nem as necessidades básicas de ensino e aprendizagem…

    Então, para que existe o braço de ensino profissionalizante desse sistema S?

    Porque como puderam ver, cada instituição tem sua função em relação ao ensino. Uma universidade não forma cabeleireiros, podólogos, maquiadores, fotógrafos, atendentes, guias de turismo, etc. Em compensação, o sistema S, através do Senac tem esta função.

    O Sistema S chega onde as demais não chegam ou não são suficientes. Temos várias unidades móveis que percorrem o estado (ônibus que foram transformados em ambientes pedagógicos) levando cursos na áreas de gestão, informática e gastronomia (muitos gratuitos). Além disso várias unidades no interior tem sido inauguradas para preencher a lacuna do ensino profissionalizante.

    Enfim, concordo com o comentário do Sr. Parreira Rodrigues, que fala da politização dos cargos administrativos dentro do Sistema. Mesmo assim, não generalizaria esta informação, pois no Paraná, são algumas centenas de funcionários que entraram através de processo seletivo e não me atreveria a colocá-los no mesmo “saco” de politizações.

    Da mesma forma, concordo com o segundo comentário do Sr. Waldur sobre as grandes diferenças salariais, mas continuo discordando do seu questionamento sobre a função do Sistema S feito em seu primeiro post.

    Muito do que o sistema S faz deveria ser atribuição dos governos, no entanto, as ações do Sistema que beneficiam grande parte da população, tem um alcance maior, mais rápido e mais efetivo.

  11. Salários do Sistema S

    O trabalho e os cursos no Sistema S são valorosos como valorosos são os servidores.

    O que se questiona são os salários “impublicáveis”, que violentam a dignidade humana, tamanha são. Os cargos de direção chega a valores incompatíveis com o ganho da população brasileira: R$ 46.000,00 por mês. Mas, os nossos irmãos, os simples, os “menos iguais” que prestam serviços ao Sistema S, chegam a ganha apenas R$ 1.122,00 ou R$ 911,00 por mês.

    Quer dizer. Aproveitam-se do dinheiro do suor. Garantem vencimentos altos para uns e muito, muito baixo para outros.

    Ver sobre isso: http://www.senac.br/institucional/dados-de-gestao-e-transparencia/ldo-2013-lei-12708-de-17-de-agosto-de-2012/estrutura-remuneratoria.aspx.

    waldur.trentini@uol.com.br

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